domingo, 28 de fevereiro de 2010

REGISTOS DA HISTÓRIA - I

Decorria o ano de 2004. Um dos principais actores do 25 de Abril, o saudoso General Vasco Gonçalves, esteve presente nas comemorações do 30.º aniversário desse dia histórico, em Paredes.
Correspondendo a um convite de camaradas e amigos, defensores dos ideais democráticos da conquista de progresso social para todos os portugueses, o Primeiro ministro do período mais exaltante após o 25 de Abril de 1974 esteve presente em Jantar Comemorativo realizado em Vandoma no restaurante O Chalé a 8 de Maio de 2004 e em Sessão Pública em Parada de Todeia no dia seguinte.
Em Vandoma, assistiu-se a uma brilhante intervenção do Militar de Abril, que relembrou o percurso do MFA na conquista da liberdade e na iniciação da democratização da vida portuguesa. Perante uma assistência de 80 pessoas, Abril foi recordado e os seus valores foram enaltecidos.
O camarada Alfredo Sá foi o mentor e o cicerone da iniciativa. Não se descurou até a brilhante actuação de um grupo de fados local. Personalidades independentes como José Manuel Oliveira e Domingos Barros, na altura Presidente da Junta de Freguesia de Vandoma, estiveram presentes e intervieram com um testemunho pessoal do valor do ilustre convidado.
Em Parada de Todeia, na manhã de Domingo, Vasco Gonçalves proferiu nas instalações da Junta uma lição sobre o 25 de Abril e o Poder Local, alertando para a necessidade de se ser sempre fiel e sério para com os compromissos perante a população.

Os jornais deram algum relevo às iniciativas, nomeadamente O Progresso de Paredes e o Fórum do Vale do Sousa. Uma publicação entretanto surgida em Junho de 2004, o Vandomense (infelizmente edição única) trouxe ampla informação sobre as iniciativas com Vasco Gonçalves.
Um destaque final: acompanhou o General Vasco Gonçalves na sua deslocação ao Concelho de Paredes a sua esposa, D. Aida, companheira de sempre, infelizmente recentemente falecida

O PCP de Paredes não pode esquecer a figura ímpar da História de Portugal, que foi o General Vasco Gonçalves. Rendemo-nos à sua memória. Daí a justiça deste Registo.

Em solidariedade às vítimas das catástrofes naturais e da irresponsabilidade humana

CRIME SEM CASTIGO


Os Deputados na Madeira da CDU Leonel Nunes e Edgar Silva, apresentaram em 11 de Abril de 2008 na Assembleia Legislativa Regional da Madeira um Projecto de Resolução intitulado “Zonas de Risco de inundação-medidas de acção”. Este Projecto de Resolução não foi aprovado.
A sua actualidade é evidente. Transcreve-se na totalidade, para vergonha de alguns.

“ As fortes chuvas ocorridas, particularmente na manhâ do dia 8 de Abril, voltaram a causar prejuízos incalculáveis nos diversos estabelecimentos comerciais, em habitações, destruição de bens, de infraestruturas e equipamentos públicos e privados.
Esta é uma situação que tem vindo a repetir-se com alguma regularidade, em especial em determinadas zonas, sempre que as condições climatéricas sofrem um agravamento. Verificou-se que as infraestruturas existentes de escoamento das águas não estão adequadas às construções e respectivas impermeabilizações que foram feitas nos últimos anos. Confirma-se que a gravidade da impermeabilização do solo e do subsolo foi, seguramente, uma das prncipais causas das inundações. Regista-se que outro factor de risco radica na obstrução de diversos ribeiros e nos impactos negativos decorrentes de desregrados despejos de terras e entulhos nas margens das ribeiras. Outros factoress de risco se conjugaram, nomeadamente os efeitos dos incêndios florestais, a ocupação dos domínios hídrico e marítimo, o desordenamento do território.
De acordo com o Presidente da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza, “...dois dos aspectos incontornáveis são cartografar e evitar a ocupação das zonas de risco e, por outro lado, combater a cada vez maior impermeabilização dos solos que obriga as águas da chuva a escorrer alimentando caudais volumosos nas estradas e ribeiras. Quando a estes factores se associam o constrangimento do leito das linhas de água, o abandono de lixos e a deposição de terras em locais impróprios, as consequências não podem ser boas” (in DN , 10/4/2008).
Depois de algumas obras negligenciando zonas de risco, as condições criadas para o escoamento das águas das chuvas não são as ideais. De facto sempre que a intensidade das chuvas aumenta, o perigo de inundação torna-se bem evidente, e, sempre que tal se concretiza, sucedem-se graves prejuízos para pessoas e bens.
Exige-se a tomada de medidas concrectas para que, de uma vez por todas, se ponha termo a esta situação que tem vindo a penalizar duramente, e em particular, os social e economicamente mais desfavorecidos.
Ao nível da governação, devem ser assumidas todas as responsabilidades por esta situação intervindo, o mais rapidamente possível, no sentido de se prevenir e evitar a repetição destas situações graves e potencialmente perigosas.
Depois do temporal, fazem-se os balanços e somam-se os prejuízos das inundações. Agora, é urgente fazer acompanhar a avaliação técnica e o balanço político aos acontecimentos de medidas de acção para que os problemas não se agravem.


Assim, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira recomenda, nos termos regimentais, ao Governo Regional a concretização das seguintes medidas:


1. A realização de uma campanha cartográfica com vista á obtenção de um rigoroso cadastro geográfico, geológico e hidrogeológico de todo o território regional, onde sejam identificadas as zonas de risco de inundação.

2. A realização do inventário de ocupações dos dominio hídrico e marítimo e os respectivos riscos associados.

3. A realização de um estudo sobre o impacto do abandono de entulhos e de terra cultivável, sobre a impermeabilização de solos, os efeitos da seca e os efeitos dos incêndios florestais no escoamento e escorrência de águas superficiais.

4. A criação de um programa para a implementação cartográfica dos elementos naturais condicionantes à construção e à actividade humana nos planos de ordenamento do território nos diversos níveis: locais e regionais.


5. A implementação urgente de um plano de limpeza , desobstrução e manutenção de margens dos ribeiros e ribeiras.

6. Dotação do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros da RAM, a sua estrutura e parceiros, a todos os níveis, de meios e recursos técnicos, nomeadamente no plano das novas tecnologias de comunicação e informação, com afectação de forma convergente de recursos financeiros, garantindo a capacidade de resposta adequada ao cumprimento das suas missões

7. A avaliação e a análise das diferentes zonas da região de forma a indicar o grau de risco para inundações e cheias em cartografia regional, bem como a criação de planos de emergência para as regiões mais susceptíveis de risco.

8. Integrar a Protecção Civil como elemento obrigatório dos diferentes instrumentos de Planeamento e Ordenamento do Território e urbanístico, designadamente, o Programa Regional de Politica de Ordenamento doTerritório, Planos Regionais de Ordenamento do Território e Planos Directores Municipais.

9. Promover uma acção permanente de sensibilização e informação sobre redução de riscos, junto á população.

10. A elaboração de um plano regional de redução do risco de inundações e mitigação de seus efeitos que tenha como base as avaliações e análises referidas anteriormente e como objectivo a articulação entre o Poder Regional, a Protecção Civil e as autarquias locais no sentido da minimização das intervenções potenciadoras do risco e a mitigação dos efeitos nefastos de cheias e inundações “
http://ow.ly/19p3a
http://www.youtube.com/watch?v=aTf0h3nobAs&feature=player_embedded

Jantar de Aniversário dos 89 anos do Partido Comunista Português


A Comissão Concelhia de Paredes do PCP celebra o 89 aniversário no próximo dia 6 de Março com a participação do camarada Eurodeputado João Ferreira.


Pelas 20:00h no restaurante “O Chalé” em Vandoma (junto à Estrada Nacional 15), Ementa: Vitela, Lombo, Vinho corrente, Bolo, Café.


Inscrições até ao dia 4 de Março

Eurodeputado Comunista no Concelho de Paredes


No próximo dia 6 Março, o PCP faz 89 anos de existência ao serviço dos trabalhadores e do Povo português.

A Comissão Concelhia de Paredes do PCP preparou um conjunto de iniciativas, com a presença do deputado do PCP no Parlamento Europeu, João Ferreira, a saber: http://paredes.pcp.pt/

sábado, 20 de fevereiro de 2010

A imagem mais comum na Cidade de Paredes




Frase da semana

A estimável candidatura do Dr. Fernando Nobre (nas suas palavras) «não é à esquerda, nem à direita, nem mesmo ao centro». Talvez seja aérea. E lembra a velha história do freguês para o talhante:
- Tem focinho de porco?
- Tenho!
- Tem mãos de vaca?
- Tenho!
- Tem pés de cabra?
- Tenho!
- Então mas que raio de bicho é você?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Requerimento à Assembleia Municipal



EXMO SR. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PAREDES



Cristiano Manuel Soares Ribeiro, eleito pela CDU na Assembleia Municipal de Paredes, no âmbito do Artigo 60º do Regimento da Assembleia Municipal de Paredes e nomeadamente da sua alínea b), que define os direitos dos membros da Assembleia, requer através da Mesa desta Assembleia ao Executivo Camarário o esclarecimento seguinte:


Durante anos seguidos decorreram obras no edifício da antiga Escola Primária do Conde de Ferreira, obras de ampliação e remodelação para, dizia-se, instalação do Museu Municipal. Aguarda-se há muito a abertura das referidas instalações, que constituem uma necessidade para actividades de Educação e Cultura e que engrandecem o património da autarquia.
Neste contexto, pergunta-se:


1) Para quando a referida abertura, que culmine a conclusão das referidas obras?

2) Que serviços e actividades aí funcionarão, confirmando-se ou não o espaço como espaço museológico?

O Deputado Municipal da CDU


Cristiano Ribeiro

Comércio tradicional


O comércio tradicional deve ser defendido, mas não é com um cartaz gigantesco que se sobrepõe á História e á Arquitectura do local mais emblemático de Paredes...
ou será uma "aproximação" à estética do "mastro"?

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Marquês de Freeport



O retrato que deixa do seu obscuro mandato é um sem fim de obscuridades e suspeições, a começar nas suas habilitações literárias, até à forma como conduziu a sua vida, e a da sua família e amigos, em negócios ainda mais obscuros do que as licenciaturas ao domingo e os exames feitos por fax. O Marquês de Freeport, ou o primeiro fax, para além disso só tem para apresentar a tensão social que criou com todas as áreas e classes profissionais e sociais da sociedade. No seu estandarte deveria colocar a divisa:
Eu minto com a naturalidade com que respiro.


O governo, tal como o PS compõe-se de dois grupos: um formado por gente totalmente incapaz, e outro por gente capaz de tudo...

AS NOITES DE LORDELO



Hoje falarei das noites de Lordelo. Hoje falarei da forma como alguns habitantes de Lordelo ocupam a noite de quinta para sexta-feira. Para nossa vergonha e como objecto de inquietação para as consciências dos responsáveis locais da Saúde.

Dezenas de pessoas acumulam-se á porta da Unidade de Saúde nessa noite de Lordelo, marcando vez para acesso a uma consulta de recurso na semana seguinte. A sua situação resulta de não terem Médico de Família atribuído. E os responsáveis acharam por bem responder ao número escasso de profissionais de saúde (nomeadamente médicos) com um esquema terceiro-mundista. Quer seja a marcação de uma consulta de vigilância infantil, quer seja a prorrogação de um Certificado de Incapacidade Temporária (vulgo “baixa médica”), ou para mostrar os exames complementares pedidos, alguém achou que se substituía a regulamentar marcação por uma penosa procura de uma vaga pré-anunciada numa folha de papel afixado no vidro.

Triste destino. Os 10.000 utentes de Lordelo mereciam e necessitam de mais de 4 médicos de Medicina Geral e Familiar. Os 10.000 utentes de Lordelo mereciam e necessitam de um esforço profissional suplementar de todos os profissionais de saúde da sua Unidade de Saúde. Os 10.000 utentes de Lordelo mereciam ser respeitados como seres humanos, passíveis de consideração, respeito e até compaixão. Os 10.000 utentes de Lordelo merecem e certamente exigirão uma outra organização, uma outra sensibilidade, uma diferente atitude do Serviço Público.

Quando outros portugueses têm acesso à marcação de consulta na sua Unidade de Saúde pela NET, em Lordelo mãos frias, olhos ensonados e rostos cansados aguardam o raiar do dia para tentar aceder ao médico.
Para mim, são tristes as noites de Lordelo.

cristianoribeir@gmail.com