quinta-feira, 17 de junho de 2010

UM CASAMENTO EM CRISE


A cerimónia que assinalou os 25 anos da entrada de Portugal e da Espanha na Comunidade Europeia foi uma festança com pouco brilho e nenhum entusiasmo. As bodas de prata deste “casamento europeu” não trouxe nada senão uma frouxa, triste e desanimada tentativa a nível ibérico de nos tentar mostrar que se não fosse essa data de há 25 anos ainda estaríamos pior do que estamos agora…


Aquela plateia de personagens ditas ilustres e respeitáveis reflectia o desconforto que preside agora aos então “nubentes”. Eles sabem quão defraudados foram os que acreditaram nos seus propósitos, embalados pelos cantos de sereia de uma integração económica que não cuidava das especificidades nacionais e por isso surdos às vozes cautelosas que anteviam perigos e dificuldades. Foram eles, de cerviz dobrada, curvada e obediente, que sem negociação, nos colocaram expostos e dependentes perante a lógica capitalista da concentração e da desregulação.


Por isso o discurso dominante da cerimónia dos 25 anos procurou dourar a pílula, encontrando nestes personagens europeias gente clarividente, corajosa e determinada, ou de forma degradante, colocando alguns a falar encomiasticamente de si próprio. O espectáculo não aqueceu, mesmo que o mega-party decorresse em duas sessões, em Lisboa, presidido por Cavaco Silva e José Sócrates e em Madrid, presidido pelos reis de Espanha.


Para o futuro, ficam os discursos que denotando uma grande falta de vergonha, oscilam entre os que acham que a situação presente é insustentável, e outros acham que é só difícil, sendo que para todos nós é sentido como dificilmente sustentável. O projecto europeu está reduzido ao malfadado PEC, ao servilismo face ao capital financeiro, a uma austeridade grave para muitos (sempre os mesmos!) com impostos e desemprego.


Mário Soares e Hernâni Lopes querem mais Europa. Pergunta-se se é esse o caminho. A maior dependência, maior desigualdade, com destruição do aparelho produtivo, desperdício dos recursos materiais. Pergunta-se se o federalismo, o reforço do pilar europeu da NATO, a elaboração de orçamentos nacionais em Bruxelas, a desregulamentação total do emprego, nos conduzirão algures.


O divórcio já esteve mais longe.

LADY GODIVA – ISTO JÁ NÃO VAI LÁ COM LENDAS


Diz a lenda que, vai para quase mil anos, Lady Godiva, condoída pelas agruras que passavam os cidadãos da velha Coventry, esmagados sob os impostos e taxas com que eram sangrados pelo seu próprio marido, o conde Leofric, não se cansava de lhe pedir para ser menos duro nos sacrifícios que pedia aos cidadãos, ou pelo menos, que esses sacrifícios lhes fossem muito bem explicados, como à época aconselhou um tal Cavack Silver... que não ficou na História.

Tanto a Lady pediu, que o Leofric, só para a calar, desafiou-a a percorrer as ruas da cidade, a cavalo e sem roupa. E então não é que Lady Godiva lhe pegou na palavra e foi pela cidade, toda fresca e louçã (passe a expressão), cavalgando ao natural?! O conde Leofric viu-se obrigado a cumprir a sua palavra e presume-se que foram felizes para sempre.

Ai de nós! Hoje os tempos são outros e não há Lady que possa acudir a tanta portagem, tanto IVA, tanto IRS, tanto IRC, tanto corte, tanto congelamento, tanto desemprego, tanta promessa enganosa “tanta loja de perfumes”, “tanta pomba assassinada”.

Ai de nós! Ao nosso conde Leofric não se lhe conhece Lady de qualidade nenhuma... e mesmo que a tivesse, duvido que a senhora estivesse disposta a meter-se ao trânsito da capital coberta apenas... de boas intenções.

Razão mais do que suficiente para que busquemos, urgentemente, outra solução!

(em samuel-cantigueiro.blogspot.com)

A SOLUÇÃO DE UM PROFESSOR



Escrevi em Fevereiro, em jeito de testemunho e desabafo, um texto sobre a minha (curta) experiência docente, intitulado Ser Professor é

Agora que o ano lectivo se aproxima do fim, acrescento algumas notas e termino com uma solução. Quando…

- se passa alunos apenas para os “safar” ou para os “despachar”…

- em caso de reprovação reincidente no ciclo, se obriga os professores a preencher longos relatórios, como que a pedir desculpa por não passar os alunos;

- se tem de justificar sempre que se dá mais de 50% de níveis negativos a uma turma, mas já não se presta qualquer tipo de contas quando os resultados da avaliação externa (exames) são francamente inferiores aos da avaliaçao de frequência…

- se tem de justificar dar nível negativo a um aluno no final do ano depois de níveis positivos nos dois primeiros períodos, mas o mesmo já não é preciso fazer no sentido inverso, quando se dá positiva (até pode ser nível 4 ou 5) a um aluno que teve negativa nos dois primeiros períodos…

- quer na avaliação, quer na disciplina, (quase) tudo o que é legislado só contribui para a pioria do nível de ensino público e tem como principal objectivo a vertente estatística e/ou financeira;
- com este sistema no Ensino Básico, se aumenta a escolaridade obrigatória até ao 12º ano, de forma a promover a mediocridade e o facilitismo educativos por mais uns anos…

- temos um sistema que, assente no carácter pseudo-inclusivo e na permissividade perante casos de alunos problemáticos, só contribui para aumentar o fosso real entre instituições de ensino (não nos resultados, mas ao nível da qualidade educativa) e classes sociais e não reconhece verdadeiramente que o conhecimento é um poder e que a escola é uma oportunidade;

… só há uma solução para um professor que se considere consciente, rigoroso e defensor de uma séria e exigente formação de jovens e de uma escola verdadeiramente universal, com igualdade de oportunidades para todos:
FUGIR A SETE PÉS

(JOÃO TORGAL, em blog 5dias.net)

Obra plástica de Álvaro Cunhal (19-11-1913/13-6-2005)







REGISTOS DA HISTÓRIA


ÁLVARO CUNHAL, 5 ANOS AUSENTE, SEMPRE PRESENTE


“Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam muitos dias e são melhores. Mas há os que lutam toda a vida, e estes são imprescindíveis.”
Bertolt Brecht

“Em duas singelas páginas o meu camarada Álvaro Cunhal expressou aquilo que considerou como a sua última vontade: ser-lhe-ia muito grato, para além de não haver pronunciamento de discursos, que no funeral estivessem presentes os seus camaradas dos mais responsáveis aos mais modestos e desconhecidos junto dos quais lutou antes e depois do 25 de Abril, até aos últimos dias da sua vida, os familiares a quem muito amava, amigos sem partido, homens e mulheres e jovens que se habituou a estimar e a respeitar e outros que quisessem estar presentes com respeito pelo que como comunista, foi toda a sua vida, com virtudes e defeitos, méritos e deméritos como todo o ser humano.


Quiseram os comunistas, os trabalhadores, os jovens, os democratas, os patriotas, o povo português, não só corresponder ao seu desejo como ultrapassá-lo pela grandeza participando num acto de homenagem incomparável na sua história.


A própria forma como decidiu do destino dos seus restos mortais revela o seu carácter de recusa do mito ou culto da personalidade. Não ficaremos com as suas cinzas. Guardaremos a sua imagem e o seu exemplo no coração da nossa memória, acolhendo as suas ideias e a sua obra como um legado intrínseco ao nosso projecto, à nossa luta, ao nosso Partido, à democracia, como instrumentos de trabalho e de análise ligados á vida e ao tempo que vivemos…”

(JERÓNIMO DE SOUSA, na Assembleia da República em 16 de Junho de 2005)

PALAVRAS, HÁ APENAS 15 ANOS…

PÚBLICO de 9/1/95 referia o seguinte:

O Centro de Emprego de Penafiel elaborou um relatório sobre a evolução do mercado de trabalho no Vale do Sousa, realçando as suas “boas perspectivas” (título da notícia). Isto foi há 15 anos.
Vivia-se então uma “crescente quantidade e qualidade (de) pessoas qualificadas”, com “pequenas empresas, com estabilidade ao nível de emprego”, e que com “a expansão da rede e da frequência escolar” favoreciam uma “competitividade da região”. Era um espaço que se queria “região qualificante” e que vivia sobre as loas do Quadro Comunitário de Apoio 1990-1993, com centenas de cursos de formação profissional, centenas de acções e milhares de formandos. Foi há 15 anos.

No extinto O Comércio do Porto de 3/5/1996 salientava-se a declaração do então Presidente da Câmara de Paredes Granja da Fonseca em que este afirmava que Paredes era então o maior centro produtor de mobiliário do País, detendo cerca de 65% da produção nacional. Curiosamente este é em 2010 o mesmo valor que é referido, o que traduziria uma estabilidade verdadeiramente surpreendente.

Mas em 1996 proclamava-se a “qualidade, a criatividade e a inovação” dos produtores de Paredes, um município “fortemente industrializado”, com crescimento económico, social e demográfico em “índices surpreendentes”.

As palavras dominantes em 1995-1996 só podem fazer sorrir amargamente quem enfrenta hoje um desemprego de 12% nos concelhos do mobiliário, uma precária emigração para Espanha para uma construção civil em crise, a redução de direitos no local de emprego, horas de trabalho não pagas, redução do subsídio de desemprego, roubo nos salários, uma região económica e socialmente decadente.

Importa perguntar: como chegamos aqui?

Nós sabemos.

terça-feira, 8 de junho de 2010

COMEÇANDO POR…ESMORIZ, PERDÃO, POR MOURIZ

O Governo determinou o encerramento próximo das escolas do 1.º Ciclo que tenham menos de 21 alunos. Cerca de 1.000 escolas poderão ser assim encerradas, se se aplicar tal medida, sendo cerca de 600 as novas situações até à data não previstas. Isabel Alçada, a Ministra da Educação, pretende agora avançar com este processo invocando razões pedagógicas e de modernidade.


Alguns autarcas e outros sectores igualmente interessados contestam esta orientação cega, e que tem implicações de ordem social e de reordenamento do território, com referências acertadas, entre outras, à desertificação provocada, ao desemprego de profissionais e aos custos da Acção Social Escolar, em transportes e refeições. Encerrar o País, ou pelo menos parte dele, já esteve mais longe. A Educação com origem na 5 de Outubro virou “uma Aventura”, veja-se o “atalho pedagógico” para os alunos com mais de 15 anos, do 8.º ao 10.º ano.


O autarca de Paredes Celso Ferreira acha bem, ele avalia como muito boa a orientação governativa. O seu critério para o fecho de escolas em Paredes, expresso em Carta Educativa, incluía um limite de 100 alunos por escola. Ele é o autarca–modelo da concentração educativa. O autarca do mastro, ufano, quer ter as “melhores escolas do País, provavelmente até do mundo”. Esta semana “concluiu” o Centro Escolar de … Esmoriz (ver JN de 2 de Junho), que não é senão o de Mouriz…


O custo da construção da Escola de Mouriz envolve um valor de perto de 2,3 milhões de euros e provocará a concentração aí de 350 alunos da EB1 e do JI. Acrescentemos a isso as despesas de funcionamento, as despesas de transporte escolar para alunos de 4 freguesias, a necessidade de uma rede de acessibilidades correspondentes (a actual rede de estradas é medieval, pergunta-se até como lá aceder).


Nada do que é concentração está comprovado que tenha vantagens pedagógicas. Mas para Celso Ferreira tudo é evidente. Ele é o expert. Espera-se que o seu limitado mundo não comece na esquina das ferragens do Sr. Costa e acabe na esquina da Padaria Freitas, no Parque José Guilherme, em Paredes.


E que a sua promissora criatividade não culmine em falência de tesouraria camarária ou em prejuízos irreversíveis para a educação dos nossos filhos.


Cristiano Ribeiro

DA LEITURA DA BLOGOSFERA

Avelino Pacheco Gonçalves -foi Presidente do Sindicato dos Bancários do Norte de Junho/1972 a Janº/1975, foi também Ministro do Trabalho do primeiro Governo a seguir ao 25/Abril/74. Pediu ao Banco de Portugal (BP) uma licença sem vencimento após terminar o mandato no Sindicato. Apesar da época apodada de PREC pelos vencidos do "25 de Abril", foi-lhe recusada a licença, com isso cessando o seu vínculo ao banco. Quando completou 65 anos, requereu ao BP, como está fixado na respectiva convenção colectiva, a devida reforma. Foi-lhe atribuída uma prestação mensal que não chegava aos 130 € e, actualmente, é de 137 € !!!
Vejamos por agora dois exemplos recentes:
* Vítor Bento é um quadro do Banco de Portugal (BP) e actual presidente da SIBS, a sociedade que gere o Multibanco (e é também Conselheiro de Estado). Está de licença sem vencimento há nove anos, quando os próprios regulamentos do BP estipulam o máximo de três anos. Foi promovido por mérito em Maio de 2008, com efeitos retroactivos a Janeiro do mesmo ano. O que se traduzirá em mais 720 euros mensais quando o economista voltar ao banco, com reflexos também no valor da sua futura reforma.
* Mira Amaral passou ano e meio pela Administração da Cx. Geral de Depósitos e saiu com uma reforma de 18 mil euros mensais! Pelos vistos, não estava incapaz para a profissão, pois foi ocupar o lugar de presidente da administração duma empresa concorrente – o BIC, o banco da filha do Presidente de Angola.
Peço desculpa, mas afino quando ouço ou leio o argumento indigente dos que ou não votam ou votam sempre nos mesmos, de que “os políticos são todos iguais”.

INTERMEZZO

Hoje não posso ver ninguém:
sofro pela Humanidade.
Não é por ti.
Nem por ti.
Nem por ti.
Nem por ninguém.
É por alguém.
Alguém que não é ninguém
mas que é toda a Humanidade.

António Gedeão

sábado, 5 de junho de 2010

PCP inicia jornada de contacto com trabalhadores do mobiliário da região





No âmbito da iniciativa nacional denominada “500 acções contra o PEC”, as organizações de Paredes e Paços de Ferreira do PCP iniciaram uma jornada de contacto com trabalhadores do sector do mobiliário.



Para o efeito será distribuído um documento nas empresas destes concelhos, que refere as dificuldades por que estão a passar os trabalhadores do sector dos móveis e apresenta as propostas do PCP para uma ruptura patriótica e de esquerda com as políticas de direita responsáveis pela grave situação económica e social do país.



De facto, o desemprego no Vale do Sousa não pára de subir todos os meses: no início de 2010 Paredes contabilizava 5.719 desempregados e Paços de Ferreira cerca de 3.625 desempregados, podendo a breve prazo ser muitos mais, a não ser que os trabalhadores se unam para protestar na rua contra as políticas desastrosas do PS, PSD e CDS e, nos locais de trabalho, contra a crescente exploração laboral por parte de alguns patrões e seus lacaios!



O resultado das políticas deste Governo e dos seus antecessores está à vista de todos: os trabalhadores vão continuar a ganhar salários de miséria, o seu poder de compra vai ser reduzido, vão passar a pagar muito mais pelos transportes públicos, pela água, pela electricidade, pelos correios, pela saúde e pela educação dos seus filhos, etc.



Mas isto não chegava! Era preciso ir mais além na imposição de sacrifícios aos trabalhadores e às famílias portuguesas: depois do PS ter salvo a Banca com milhões de euros dos contribuintes, eis que surge o PEC (Plano de Estabilidade e Crescimento) na sua nova versão, e com isto o congelamento dos salários e a privatização de serviços e empresas públicas.



O PCP considera esta situação inaceitável, pelo que continuará a lutar por melhor condições de vida para os trabalhadores e a denunciar as infracções cometidas por parte de alguns empresários da região, tal como fez recentemente na Assembleia da República através de várias requerimentos que davam conta de situações irregulares em empresas do sector do mobiliário e têxtil na região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega.



Comissões Concelhias de Paredes e Paços de Ferreira

GAZA, A PRISÃO DOS CÃES


A notícia chegou na manhã de segunda feira. Israel tinha atacado com forças militares uma frota de barcos com dez mil toneladas de bens de primeira necessidade, que se dirigia á Faixa de Gaza, provocando dezenas de mortos e feridos. Tratava-se de uma iniciativa pacífica com fins humanitários, que para além de responder de forma prática a uma necessidade básica de muitos milhares de palestinos, pretendia também denunciar o criminoso bloqueio de Gaza pelas forças sionistas de Israel.


Gaza é um território árido de 360 km2, que se extende ao longo do Mar Mediterrâneo numa faixa de 41 km de comprimento e 6 a 12 km de largura. Aí vegetam entre a vida e a morte cerca de 1,5 milhões de pessoas, a grande maioria expatriados das suas casas em território de Israel pela 1.º guerra israelo-árabe de 1967. A sua localização geográfica com fonteiras a Norte e Leste com Israel e a Sul com o Egipto torna-a vulnerável. Mas Gaza é também a maior prisão ao ar livre do mundo e um campo de concentração não declarado neste século XXI. Israel impõe um bloqueio completo, que se faz fechando as fronteiras e controlando o espaço aéreo, impedindo assim que a vida de mais de um milhão de pessoas decorra com normalidade e esperança.


São inúmeros os relatos aí do sofrimento, de uma morte lenta, de uma atrocidade sem limites que está certamente ao mesmo nível do genocidio. O Estado Judeu comporta-se como um Estado nazi-sionista, impondo politicas de apartheid e de prática de assassínios que envergonham a espécie humana. E o facto de reiteradamente tentarem “justificar” essa politica cometida em qualquer parte do mundo na mais completa impunidade e também o seu lunático fanatismo religioso com o tremendo sofrimento, humilhações e massacres sofridos pelos seus avós às mãos do nazi fascismo só os penaliza.


Este novo acto de terrorismo de Estado, ás mãos de Barak, Lieberman, Netanyahu e Cia, culmina o desepero e fraqueza do sionismo istraelita. A Flotilha da Liberdade transportava o dever moral e a consciência solidária de 700 activistas de 40 países, crentes e não crentes, deputados, jornalistas, activistas dos direitos humanos, mães. Usava a bandeira branca, simbolo da não violência, e a bandeira turca em águas internacuionais. E em plenas águas internacionais foram assaltados pelos comandos israelitas, pela calada da noite, tendo ocorrido o massacre que o cerco informativo israelita tenta impedir que seja contabilizado nas suas vítimas.


Gaza é para os amantes da paz de todo o mundo uma prisão que precisa de ser denunciada, uma impunidade que não nos deve calar e desarmar, uma causa comum que nos deve mobilizar. A inação é cumplicidade e uma traição à humanidade, como diz o Comité do Tribunal de Bruxelas. Gaza é uma prisão dos cães. Mas esses estão cá fora, impondo um ilegal, imoral e desumano bloqueio ou o suportando nas instituições internacionais, nos EUA ou na Europa, nas Nações Unidas ou nos Tribunais Internacionais, no silêncio dos jornais ou dos púlpitos das igrejas. Afinal os cães criminosos estão no meio de nós.


Cristiano Ribeiro

Não é a linguagem ameaçadora/Não é o ruído das armas

«O ruído das armas, da linguagem ameaçadora, da prepotência na cena internacional, tem de cessar. Há que acabar com a ilusão de que os problemas do mundo se podem resolver com armas nucleares. As bombas podem matar famintos, doentes, ignorantes, mas não podem matar a fome, as doenças, a ignorância. Muito menos podem matar a justa rebeldia dos povos

Fidel Castro, em 1979, no encerramento da 6ª Cimeira do Movimento dos Países Não-Alinhados

(bem lembrado em anonimoseculoxxi.blogspot.com)