O VALE DO SOUSA E BAIXO TÂMEGA PERANTE UM GRAVE DESAFIO
O Governo decidiu o encerramento de 94 Escolas Básicas no distrito do Porto, 13% do total nacional das escolas a fechar. Acresce que segundo os dados disponibilizados pela DREN - Direcção Regional de Educação do Norte, este número corresponde a 10% do total de escolas básicas existentes na região.
Os 8 concelhos que compõem o Vale do Sousa e Baixo Tâmega (Amarante, Baião, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel) perdem desta forma 20% do total de escolas básicas existentes (são 75 as escolas previstas encerrar).
Estes números evidenciam o forte impacto negativo que é de esperar junto da vida de milhares de alunos e suas famílias, bem como no acentuar da desertificação das zonas mais periféricas.
A lógica economicista que preside a estas medidas decididas pelo Governo via Ministério da Educação nada tem a ver com os interesses dos alunos, das suas familias e dos concelhos abrangidos. Percebe-se assim a pressa da divulgação das escolas a encerrar, bem como a falsa negociação que a envolve com os interessados.
É revelador deste facto aliás, que o Governo decida encerrar escolas não previstas anteriormente, violando o que havia aprovado nas Cartas Educativas, como acontece em Paredes ou Marco de Canaveses, e que implicaram ou o deveriam ter feito, um período de discussão com a comunidade escolar, autarquias e DREN.
É revelador que ainda hoje não estejam decididas as transferências de alunos que frequentavam escolas a encerrar quando os Centros Escolares, destino final, não estejam prontos, como em Amarante (onde nenhum Centro Escolar iniciou sequer a construção), no Marco de Canaveses ou ainda em Penafiel.
A título de exemplo, atente-se no caso das escolas nas freguesias de Rio Mau e Sebolido, em Penafiel, cujo encerramento foi decidido sem que se perspective a conclusão do respectivo Centro Escolar antes de Janeiro/Fevereiro. Até ao momento a única informação dada à Associação de Pais (que aponta para manutenção das escolas em funcionamento até à abertura do Centro Escolar) foi prestada por professores e contradiz a informação prestada pela DREN, que especifica como sendo no distrito de Bragança os únicos casos em que o encerramento de escolas será adiado. Esta contradição, somada à falta de informação de fontes oficiais, é motivo para que subsistam justificadas dúvidas sobre o destino destas crianças.
É revelador que as questões relativas aos transportes de alunos, a rede, a segurança e custos, bem como o reflexo nas contas de gerência das Câmaras, não tenham sido ou acautelados ou objecto de negociação e concretização como se queixam os autarcas do Marco Canaveses, por exemplo. Em Telões (Amarante), fecham duas escolas (Freita e S. Braz) e a nova Escola – Escola Básica da Estradinha - dista 8 km das anteriores.
É revelador que em casos como Paredes não esteja pronto qualquer Centro Escolar previsto (Mouriz, Vilela ou Gandra) e se anuncie desde já o encerramento de 14 escolas. Em Mouriz, por exemplo, não está construído qualquer acesso digno, sendo completamente ridícula a antiga via rodoviária que o serve.
È revelador que os encargos financeiros assumidos pelas Câmaras com empréstimos bancários se apresentem como ruinosos e constituem um salto no escuro.
A Direcção Subregional do Vale do Sousa e Baixo Tâmega do PCP vê com muita preocupação a presente situação e acusa o Governo e as autarquias envolvidas de procurar sacrificar o futuro estudantil da população escolar da região em nome de uma pretensa modernidade que só representa a estrita lógica economicista.
Não descurando a necessidade de novos equipamentos, e novas valências ao serviço da formação e sucesso educativo na Escola Pública, o PCP não pode calar a discordância com as soluções encontradas, com a irresponsabilidade que resulta de não haver condições claras de funcionamento das novas Escolas e com a desresponsabilização do Governo do funcionamento do sistema educativo.
Depois de finalmente ter sido tornada pública a lista de 701 escolas a encerrar a pretexto de um alegado “reordenamento” da rede escolar (75 das quais na região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega), a Direcção Sub-regional do Vale do Sousa e Baixo Tâmega do PCP denuncia os efeitos que esta medida terá no futuro educativo de milhares de jovens e crianças e suas famílias.
27.08.2010
A Direcção Sub-Regional do Vale do Sousa e Baixo Tâmega do PCP
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
INTERESSA A PAREDES E É UMA POSIÇÃO JUSTA E OPORTUNA
PCP exige construção imediata do Centro Materno Infantil do Norte
Após 30 anos de lamentáveis adiamentos na construção do Centro Materno Infantil do Norte (CMIN), a que recentemente se juntou a anunciada intenção da Câmara Municipal do Porto inviabilizar a concretização do projecto, a DORP do PCP considera totalmente inadmissível a continuação da guerrilha partidária entre a maioria PSD/CDS que gere a Câmara Municipal do Porto e o Governo PS, que mais uma vez prejudica os interesses da região e do país.
Neste contexto, discutir a possibilidade de construir o CMIN noutra localização é contribuir para novo - e previsivelmente longo - adiamento do projecto.
A DORP do PCP exige a construção imediata do CMIN, cabendo às duas partes envolvidas (Governo e Câmara) resolver o problema que ajudaram a criar, viabilizando a construção do edifício no terreno previsto e permitindo o acesso aos mais de 20 milhões de euros de financiamento do QREN que lhe estão destinados, dentro dos prazos estipulados.
Porto, 11 de Agosto de 2010
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
Após 30 anos de lamentáveis adiamentos na construção do Centro Materno Infantil do Norte (CMIN), a que recentemente se juntou a anunciada intenção da Câmara Municipal do Porto inviabilizar a concretização do projecto, a DORP do PCP considera totalmente inadmissível a continuação da guerrilha partidária entre a maioria PSD/CDS que gere a Câmara Municipal do Porto e o Governo PS, que mais uma vez prejudica os interesses da região e do país.
Neste contexto, discutir a possibilidade de construir o CMIN noutra localização é contribuir para novo - e previsivelmente longo - adiamento do projecto.
A DORP do PCP exige a construção imediata do CMIN, cabendo às duas partes envolvidas (Governo e Câmara) resolver o problema que ajudaram a criar, viabilizando a construção do edifício no terreno previsto e permitindo o acesso aos mais de 20 milhões de euros de financiamento do QREN que lhe estão destinados, dentro dos prazos estipulados.
Porto, 11 de Agosto de 2010
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
terça-feira, 24 de agosto de 2010
CANDIDATURA COMUNISTA ÁS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2011
Francisco Lopes candidato à Presidência da República
Dando seguimento à decisão tomada na reunião do Comité Central, em Abril, o PCP avança com uma candidatura própria: Francisco Lopes, membro da Comissão Política e do Secretariado do Comité Central foi anunciado como candidato à Presidência da República.
Nesta sua reunião de hoje, o Comité Central do PCP analisou os aspectos mais recentes da situação económica e social do país, bem como linhas essenciais da acção e iniciativa política do Partido para o próximo futuro. Debateu e decidiu da candidatura a apresentar pelo PCP às eleições presidenciais de Janeiro de 2011.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
FA- Excursão
Segunda-feira, 23 de Agosto de 2010
Excursão à Festa do Avante!
A Comissão Concelhia de Paredes do PCP vai realizar uma excursão à próxima edição da Festa do Avante!, na Quinta da Atalaia, Amora, Seixal. A partida será no dia 3 de Setembro, pelas 7 h em Baltar. O autocarro vai passar por alguns pontos do concelho de Paredes, nomeadamente em Rebordosa e Lordelo.
Inscrições e informações:
Paulo Macieira - 917 124 269
Excursão à Festa do Avante!
A Comissão Concelhia de Paredes do PCP vai realizar uma excursão à próxima edição da Festa do Avante!, na Quinta da Atalaia, Amora, Seixal. A partida será no dia 3 de Setembro, pelas 7 h em Baltar. O autocarro vai passar por alguns pontos do concelho de Paredes, nomeadamente em Rebordosa e Lordelo.
Inscrições e informações:
Paulo Macieira - 917 124 269
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
LUTO / LUTA PELAS ESCOLAS
Lista das Escolas Básicas a encerrar em Paredes por decisão do Ministério da Educação e a conivência da Câmara do Sr. Dr. Celso Ferreira
Escolas da Cunha, Noval e Calvário - Vilela
Escolas de Gandra da Moreira, Vilarinho de Cima, Vilarinho de Baixo, Moreiró, Granja, e
Trás-A-Vessada - Gandra
Escola de Astromil - Astromil
Escola da Insuela - Besteiros
Escola de Soutelo e Lourosa (Bairro) - Mouriz
Escola de Olho de Mouro- Vila Cova de Carros
COMUNICADO DA DORP DO PCP
Governo soma crise à crise encerrando 10% das Escolas Básicas do distrito do Porto
Depois de finalmente ter sido tornada pública a lista de 701 escolas a encerrar a pretexto de um alegado “reordenamento” da rede escolar, a DORP do PCP viu confirmada a justeza das suas preocupações.
Este processo tem sido conduzido pelo Governo de acordo com uma lógica estritamente economicista e em total desrespeito pelo futuro educativo de milhares de jovens e crianças.
O Governo decidiu o encerramento de 94 Escolas Básicas no distrito do Porto, 13% do total nacional das escolas a fechar. Acresce que segundo os dados disponibilizados pela DREN - Direcção Regional de Educação do Norte, este número corresponde a 10% do total de escolas básicas existentes na região.
Trata-se de uma situação particularmente grave nos 8 concelhos que compõem o Vale do Sousa e Baixo Tâmega (Amarante, Baião, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel) que perdem desta forma 20% do total de escolas básicas existentes (são 75 as escolas previstas encerrar).
Estes números evidenciam o forte impacto negativo que é de esperar junto de milhares de alunos que ficam assim com o seu percurso escolar comprometido, de inúmeras famílias que serão directamente afectadas. Também não deve ser ignorado o contributo que esta medida dará para o acentuar da desertificação das zonas mais rurais.
O Governo decidiu “cortar a direito”, sem atender às especificidades de cada escola e comunidade. Esta decisão decorre de uma estratégia profundamente errada, que relega para segundo plano o sucesso real das aprendizagens, privilegiando as preocupações estatísticas e financeiras.
Com esta medida o Governo vem somar “crise à crise”. Numa das regiões do país mais afectadas pelo desemprego, pela precariedade, pelos baixos salários e pela pobreza, o PS decide encerrar mais serviços públicos fundamentais.
A DORP do PCP exige a suspensão imediata deste processo e apela à mobilização das populações, de pais e encarregados de educação e forças vivas dos concelhos afectados na defesa da Escola Pública.
20.08.2010
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
Escolas da Cunha, Noval e Calvário - Vilela
Escolas de Gandra da Moreira, Vilarinho de Cima, Vilarinho de Baixo, Moreiró, Granja, e
Trás-A-Vessada - Gandra
Escola de Astromil - Astromil
Escola da Insuela - Besteiros
Escola de Soutelo e Lourosa (Bairro) - Mouriz
Escola de Olho de Mouro- Vila Cova de Carros
COMUNICADO DA DORP DO PCP
Governo soma crise à crise encerrando 10% das Escolas Básicas do distrito do Porto
Depois de finalmente ter sido tornada pública a lista de 701 escolas a encerrar a pretexto de um alegado “reordenamento” da rede escolar, a DORP do PCP viu confirmada a justeza das suas preocupações.
Este processo tem sido conduzido pelo Governo de acordo com uma lógica estritamente economicista e em total desrespeito pelo futuro educativo de milhares de jovens e crianças.
O Governo decidiu o encerramento de 94 Escolas Básicas no distrito do Porto, 13% do total nacional das escolas a fechar. Acresce que segundo os dados disponibilizados pela DREN - Direcção Regional de Educação do Norte, este número corresponde a 10% do total de escolas básicas existentes na região.
Trata-se de uma situação particularmente grave nos 8 concelhos que compõem o Vale do Sousa e Baixo Tâmega (Amarante, Baião, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel) que perdem desta forma 20% do total de escolas básicas existentes (são 75 as escolas previstas encerrar).
Estes números evidenciam o forte impacto negativo que é de esperar junto de milhares de alunos que ficam assim com o seu percurso escolar comprometido, de inúmeras famílias que serão directamente afectadas. Também não deve ser ignorado o contributo que esta medida dará para o acentuar da desertificação das zonas mais rurais.
O Governo decidiu “cortar a direito”, sem atender às especificidades de cada escola e comunidade. Esta decisão decorre de uma estratégia profundamente errada, que relega para segundo plano o sucesso real das aprendizagens, privilegiando as preocupações estatísticas e financeiras.
Com esta medida o Governo vem somar “crise à crise”. Numa das regiões do país mais afectadas pelo desemprego, pela precariedade, pelos baixos salários e pela pobreza, o PS decide encerrar mais serviços públicos fundamentais.
A DORP do PCP exige a suspensão imediata deste processo e apela à mobilização das populações, de pais e encarregados de educação e forças vivas dos concelhos afectados na defesa da Escola Pública.
20.08.2010
O Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
TARRAFAL E A VELHA HISTÓRIA DA FILHA-DA-PUTICE
Um jornalista cabo-verdiano lançou um livro sobre o campo de concentração do Tarrafal. "Tarrafal - Chão Bom. Memórias e Verdades", assim se chama o livro: dois volumes, mais de 600 páginas, a partir de entrevistas com 45 ex-presos do campo, editado pelo Instituto de Investigação e do Património Culturais de Cabo Verde.
Criado em 1936, o “campo da morte lenta" (como ficou conhecido) começou por receber antifascistas portugueses, sobretudo comunistas e anarquistas. No total foram 340, dos quais aí viriam a morrer 10% - incluindo o secretário-geral do PCP, Bento Gonçalves, e Mário Castelhano, líder da central sindical anarcosindicalista, CGT.
Encerrado por pressão internacional após a Segunda Guerra Mundial, foi reaberto em 1962, por ordem do então ministro do Ultramar, Adriano Moreira, destinado a militantes dos movimentos de libertação de Angola, Guiné e Cabo Verde.
O já conhecido José Pedro Castanheira, jornalista do Expresso, chamou a terreiro tal livro recente e dele extraiu a notícia de que fez título: o campo teria sido visitado por duas vezes pela Cruz Vermelha Internacional (quando?), que, segundo o relato do agente da PIDE/DGS que os acompanhou, se mostraram "espantados com as condições encontradas". De acordo com o mesmo relato, um dos emissários da Cruz Vermelha comentou mesmo que o Tarrafal "não era uma prisão mas sim um paraíso" (!).
Os responsáveis da Cruz Vermelha teriam ficado especialmente surpreendidos com "as idas semanais ao mar dos presos, as sessões de cinema, a biblioteca, as consultas ao Hospital da Praia, a possibilidade de estudar e fazer exames".
Nesta fase, e até ao 25 de Abril de 1974, estiveram no Tarrafal cerca de 230 nacionalistas africanos, tendo alguns falecido mas por razões que o autor não imputa directamente às condições carcerárias (!)
Relevo entre os tarrafalistas para quatro escritores angolanos, todos do MPLA, que ali cumpriram pesadíssimas penas de prisão: Luandino Vieira, Mendes de Carvalho, António Cardoso e António Jacinto. Quase toda a obra de Luandino Vieira, posterior ao célebre "Luuanda", foi escrita na prisão, tendo conseguido fazer sair clandestinamente os respetivos manuscritos.
O Sr. Castanheira persiste no seu nojento trabalho de formiga. Não se tem poupado a esforços para tentar ilibar a PIDE e o regime colonial do assassinato de Amílcar Cabral. As suas investidas no Tarrafal têm o mesmo objectivo: descredibilizar a verdade histórica, e os testemunhos dos seus protagonistas /heróis. Ausentes as declarações dos presos vivos constantes do livro, ausentes os testemunhos dos guardas da prisão, ele procura convencer-nos de que o autor do livro acredita na tese do Tarrafal como “paraíso”, versão PIDE ou delegação da Cruz Vermelha Internacional. .
O fascismo assim branqueado nunca matou, nunca torturou, a frigideira nunca existiu, as celas nunca existiram, a própria morte não passava da desistência da vida. E até os FdP podem ser jornalistas.
Criado em 1936, o “campo da morte lenta" (como ficou conhecido) começou por receber antifascistas portugueses, sobretudo comunistas e anarquistas. No total foram 340, dos quais aí viriam a morrer 10% - incluindo o secretário-geral do PCP, Bento Gonçalves, e Mário Castelhano, líder da central sindical anarcosindicalista, CGT.
Encerrado por pressão internacional após a Segunda Guerra Mundial, foi reaberto em 1962, por ordem do então ministro do Ultramar, Adriano Moreira, destinado a militantes dos movimentos de libertação de Angola, Guiné e Cabo Verde.
O já conhecido José Pedro Castanheira, jornalista do Expresso, chamou a terreiro tal livro recente e dele extraiu a notícia de que fez título: o campo teria sido visitado por duas vezes pela Cruz Vermelha Internacional (quando?), que, segundo o relato do agente da PIDE/DGS que os acompanhou, se mostraram "espantados com as condições encontradas". De acordo com o mesmo relato, um dos emissários da Cruz Vermelha comentou mesmo que o Tarrafal "não era uma prisão mas sim um paraíso" (!).
Os responsáveis da Cruz Vermelha teriam ficado especialmente surpreendidos com "as idas semanais ao mar dos presos, as sessões de cinema, a biblioteca, as consultas ao Hospital da Praia, a possibilidade de estudar e fazer exames".
Nesta fase, e até ao 25 de Abril de 1974, estiveram no Tarrafal cerca de 230 nacionalistas africanos, tendo alguns falecido mas por razões que o autor não imputa directamente às condições carcerárias (!)
Relevo entre os tarrafalistas para quatro escritores angolanos, todos do MPLA, que ali cumpriram pesadíssimas penas de prisão: Luandino Vieira, Mendes de Carvalho, António Cardoso e António Jacinto. Quase toda a obra de Luandino Vieira, posterior ao célebre "Luuanda", foi escrita na prisão, tendo conseguido fazer sair clandestinamente os respetivos manuscritos.
O Sr. Castanheira persiste no seu nojento trabalho de formiga. Não se tem poupado a esforços para tentar ilibar a PIDE e o regime colonial do assassinato de Amílcar Cabral. As suas investidas no Tarrafal têm o mesmo objectivo: descredibilizar a verdade histórica, e os testemunhos dos seus protagonistas /heróis. Ausentes as declarações dos presos vivos constantes do livro, ausentes os testemunhos dos guardas da prisão, ele procura convencer-nos de que o autor do livro acredita na tese do Tarrafal como “paraíso”, versão PIDE ou delegação da Cruz Vermelha Internacional. .
O fascismo assim branqueado nunca matou, nunca torturou, a frigideira nunca existiu, as celas nunca existiram, a própria morte não passava da desistência da vida. E até os FdP podem ser jornalistas.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
PERGUNTA
Utilização das forças de segurança para cobrança das facturas da Águas de Paredes
Destinatário: Ministério da Administração Interna
Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República
O Sr. Firmino Soares de Oliveira, com 94 anos de idade, reside em Baltar,
concelho de Paredes e tem duas facturas em divida à Águas de Paredes
(Grupo Veolia Água) que é a concessionária da Exploração e Gestão dos
Sistemas de Abastecimento de Água para Consumo Público e da Recolha,
Tratamento e Rejeição de Efluentes do Concelho de Paredes.
Essas facturas em dívida dizem respeito ao pagamento de uma tarifa de
disponibilidade no valor de 5 e de 4,96 euros respectivamente.
Importa referir que este nosso concidadão recusou pagar porque, não tendo
dinheiro para fazer as obras de ligação da casa ao ramal principal de água e tendo água própria (poço), não usa nem a água nem o saneamento.Uma vez
que não usa os serviços desta empresa não pagou a dita taxa de
disponibilidade e mandou uma carta à Veolia dizendo isso mesmo.
Perante o atraso no pagamento, no dia 26-07-2010 pelas 8:30 horas
representantes desta empresa acompanhados com dois guardas da GNR foram
a residência do Sr. Firmino Soares da Olivefra com o objectivo de o "notificar" por incumprimento e que tinha de pagar uma "multa".
Em tom pouco simpático e com a presença dos guardas da GNR disseram
que tinha que pagar 1500 euros, caso não pagasse a taxa de disponibilidade ou caso não se tornasse um novo cliente da Veolia.
Como é óbvio o Sr. Firmino, com 94 anos de idade, ficou perturbado física e
psicologicamente e face aos resultados desta "visita" os guardas da GNR
foram-se embora sem entregar a dita carta.
Importa referir, embora resulte do acima disposto, que não se trata de uma
notificação judicial ou cobrança de uma dívida por via judicial, trata-se sim de uma dívida de 9,96 euros a uma empresa privada.
Assim, ao abrigo da alínea d) do artigo 156° da Constituição e nos termos e
para os efeitos do 229° do Regimento da Assembleia da República, pergunto ao
Ministério da Administração Interna o seguinte:
1.° Que razões justificam a presença da GNR na cobrança de uma dívida a
uma empresa privada?
2.° Considera, este Ministério, que se justificou a presença destes dois
elementos da GNR nesta"visita"?
3.° Qual foi o objectivo da presença destes dois guardas da GNR nesta
"visita"?
4.° Tem este Ministério consciência que a presença da GNR nesta "visita"
serviu para intimidar este concidadão de 94 anos de idade?
5.° Que medidas vai este Ministério tomar quanto a este caso concreto e para evitar situações idênticas no futuro?
Palácio de São Bento, 6 de Agosto de 2010
Deputado Jorge Machado
Destinatário: Ministério da Administração Interna
Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República
O Sr. Firmino Soares de Oliveira, com 94 anos de idade, reside em Baltar,
concelho de Paredes e tem duas facturas em divida à Águas de Paredes
(Grupo Veolia Água) que é a concessionária da Exploração e Gestão dos
Sistemas de Abastecimento de Água para Consumo Público e da Recolha,
Tratamento e Rejeição de Efluentes do Concelho de Paredes.
Essas facturas em dívida dizem respeito ao pagamento de uma tarifa de
disponibilidade no valor de 5 e de 4,96 euros respectivamente.
Importa referir que este nosso concidadão recusou pagar porque, não tendo
dinheiro para fazer as obras de ligação da casa ao ramal principal de água e tendo água própria (poço), não usa nem a água nem o saneamento.Uma vez
que não usa os serviços desta empresa não pagou a dita taxa de
disponibilidade e mandou uma carta à Veolia dizendo isso mesmo.
Perante o atraso no pagamento, no dia 26-07-2010 pelas 8:30 horas
representantes desta empresa acompanhados com dois guardas da GNR foram
a residência do Sr. Firmino Soares da Olivefra com o objectivo de o "notificar" por incumprimento e que tinha de pagar uma "multa".
Em tom pouco simpático e com a presença dos guardas da GNR disseram
que tinha que pagar 1500 euros, caso não pagasse a taxa de disponibilidade ou caso não se tornasse um novo cliente da Veolia.
Como é óbvio o Sr. Firmino, com 94 anos de idade, ficou perturbado física e
psicologicamente e face aos resultados desta "visita" os guardas da GNR
foram-se embora sem entregar a dita carta.
Importa referir, embora resulte do acima disposto, que não se trata de uma
notificação judicial ou cobrança de uma dívida por via judicial, trata-se sim de uma dívida de 9,96 euros a uma empresa privada.
Assim, ao abrigo da alínea d) do artigo 156° da Constituição e nos termos e
para os efeitos do 229° do Regimento da Assembleia da República, pergunto ao
Ministério da Administração Interna o seguinte:
1.° Que razões justificam a presença da GNR na cobrança de uma dívida a
uma empresa privada?
2.° Considera, este Ministério, que se justificou a presença destes dois
elementos da GNR nesta"visita"?
3.° Qual foi o objectivo da presença destes dois guardas da GNR nesta
"visita"?
4.° Tem este Ministério consciência que a presença da GNR nesta "visita"
serviu para intimidar este concidadão de 94 anos de idade?
5.° Que medidas vai este Ministério tomar quanto a este caso concreto e para evitar situações idênticas no futuro?
Palácio de São Bento, 6 de Agosto de 2010
Deputado Jorge Machado
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
A NOSSA TRISTE REALIDADE
Estudo INE sobre Índice de Poder de Compra Concelhio
O Instituto Nacional de Estatística publicou o estudo acima descrito.
Os concelhos do Vale do Sousa e Baixo Tâmega ficam todos do meio da tabela para baixo. Penafiel é o "melhor" situado na escala e Baião o pior.
Nota: São dados publicados em Agosto/2010 mas referentes ao ano de 2007
Ordenação - Concelho - Indicador per capita do IpC
151.º Penafiel 67,90
163.º Felgueiras 66,34
164.º Paredes 66,34
165.º Paços de Ferreira 66, 29
200.º Marco de Canavezes 61,56
201.º Amarante 61,55
218.º Lousada 59,11
287.º Baião
O Instituto Nacional de Estatística publicou o estudo acima descrito.
Os concelhos do Vale do Sousa e Baixo Tâmega ficam todos do meio da tabela para baixo. Penafiel é o "melhor" situado na escala e Baião o pior.
Nota: São dados publicados em Agosto/2010 mas referentes ao ano de 2007
Ordenação - Concelho - Indicador per capita do IpC
151.º Penafiel 67,90
163.º Felgueiras 66,34
164.º Paredes 66,34
165.º Paços de Ferreira 66, 29
200.º Marco de Canavezes 61,56
201.º Amarante 61,55
218.º Lousada 59,11
287.º Baião
domingo, 8 de agosto de 2010
da leitura dos jornais
José Henriques Soares na última edição de O Verdadeiro Olhar surpreende-nos com um artigo sobre Educação, cujo conteúdo não desdenhariamos subscrever.
Sublinhe-se o registo histórico feito da evolução das escolas na Finlândia, Reino Unido e Estados Unidos da América para centros de menor dimensão, evitando assim, a sobrelotação. Esta orientação é completamente discordante do trilho de Maria Lurdes Rodrigues/ Isabel Alçada % Celso Ferreira.
José Henriques Soares, certamente com o conhecimento resultante de ter sido Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara de Paredes, no anterior mandato, fala da Carta Educativa de Paredes e do contexto que presidiu á sua elaboração. E aqui as revelações são transcendentes, embora as dúvidas há muito tempo que pairam nos espíritos: o pagamento foi a “peso de ouro” tanto à empresa que elaborou o documento como ao arquitecto que projectou os equipamentos.
E os alertas de Henriques continuam, tanto para as deslocações de autocarros em crianças tão jovens, como para a segurança assim tão sacrificada,como para a exposição ás contingências do tempo, como para as horas retiradas ao sono e ao lazer, para uma concentração que não é condição de resultados de excelência. Bem pelo contrário.
Chamar “campo de concentração” ao grandes centros escolares é excessivo. Mas ouvir uma orientação discordante, que possa influenciar a decisão política, nunca é tarde. Os que não quiseram ou souberam ouvir a CDU de Paredes têm uma oportunidade de ouvir o mesmo pela boca do PSD.
Sublinhe-se o registo histórico feito da evolução das escolas na Finlândia, Reino Unido e Estados Unidos da América para centros de menor dimensão, evitando assim, a sobrelotação. Esta orientação é completamente discordante do trilho de Maria Lurdes Rodrigues/ Isabel Alçada % Celso Ferreira.
José Henriques Soares, certamente com o conhecimento resultante de ter sido Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara de Paredes, no anterior mandato, fala da Carta Educativa de Paredes e do contexto que presidiu á sua elaboração. E aqui as revelações são transcendentes, embora as dúvidas há muito tempo que pairam nos espíritos: o pagamento foi a “peso de ouro” tanto à empresa que elaborou o documento como ao arquitecto que projectou os equipamentos.
E os alertas de Henriques continuam, tanto para as deslocações de autocarros em crianças tão jovens, como para a segurança assim tão sacrificada,como para a exposição ás contingências do tempo, como para as horas retiradas ao sono e ao lazer, para uma concentração que não é condição de resultados de excelência. Bem pelo contrário.
Chamar “campo de concentração” ao grandes centros escolares é excessivo. Mas ouvir uma orientação discordante, que possa influenciar a decisão política, nunca é tarde. Os que não quiseram ou souberam ouvir a CDU de Paredes têm uma oportunidade de ouvir o mesmo pela boca do PSD.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
redimindo os pecados
Em dia de "corte" em inúmeras prestações sociais e de aprofundamento da miséria social e empobrecimento da maioria da população, já só resta ao primeiro ministro o pedir perdão e o cumprimento de penitência.
domingo, 1 de agosto de 2010
DA CAIXA DE ROBALOS AO VERDADEIRO POLVO
Habilitado de uma Licenciatura em Relações Internacionais em 2005 obtida na Universidade Independente, três dias antes de tomar posse do cargo de Administrador da CGD (com as habilitações de licenciado como pressuposto indispensável para o cargo), com uma Pós-Graduação em Gestão Empresarial obtida em 2004 (a Pós-Graduação antes da Licenciatura!), Vara faz juz a uma ofuscante competência empresarial.
De Administrador da CGD, a Administrador do BCP, e Vice- Presidente do Milenium BCP, até que se demitiu por causa da Face Oculta (as sucatas do Godinho...), ele agora aparece indicado para altos cargos na empresa brasileira Camargo Corrêa, accionista maioritária da CIMPOR, com responsabilidades futuras nos negócios em Angola e Moçambique. Pronta evolução: do ferro–velho para o cimento, do robalo fresco ao polvo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)