segunda-feira, 29 de novembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Forte adesão à Greve Geral no Sector Ferroviário conta com solidariedade...
a greve nas palavras de um dos nossos
terça-feira, 23 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
PAREDES NO SEU MELHOR
Na próxima sexta feira decorrerá pelas 21 horas uma sessão ordinária da Assembleia Municipal de Paredes no Centro Escolar de Gandra. A sua realização em tão inusual local de reunião surpreenderá muitos, mas não deixa de ser uma acrobacia politico-geográfica do PSD, que assim procura promover o polémico projecto da Carta Educativa. Quer seja ideia original de Granja da Fonseca ou imposição de Celso Ferreira, a bizarra realização da AM em Gandra provocará um aumento de despesas com ajudas de deslocação. E salientaremos já a sorte de não ter avançado o projecto do mastro em Lordelo, o que poderia, a existir, e com tais gentes, proporcionar uma sessão invernal ao ar livre... em torno do mastro.
Dissequemos alguns dos documentos propostos á Assembleia.
Comecemos pelo Relatório de Actividades. Na parte elaborada pelo Pelouro do Desenvolvimento Municipal, temos a referência na pág 4 á "montagem de palco" em Aguiar de Sousa e Bitarães, sem que se indique para quê ou ao serviço de quem. Na pág.5 refere-se que em Lordelo se procedeu a umas enigmáticas "mudanças no CTIM". Mas em Diversos, pág 6, fora da caracterização por freguesias, aparece um "montar e desmontar palco e módulos em várias freguesias", que deve ser uma "montagem" diferente, pena não se saber quais as freguesias. Mas na página 6 está um sonoro "Transporte a Lisboa", não se sabe de quê, de quem, como, etc.
Mas como quem não deve não teme, na pág. 9 e num relatório de actividades, alguém nos surpreende com uma frase bombástica, estilo o Benfica vai ser campeão!: "Actualmente o Encontr'Artes está consolidado como a maior manifestação cultural desta área geográfica"
Mas outros pelouros carreiam informação importante para a AM: "remoção de ervas daninhas da Rotunda Sá Carneiro e do Parque José Guilherme." Veja-se a criatividade, a organização, a motivação da gestão PSD de Paredes. É um verdadeiro traço distintivo. A remoção de ervas daninhas. Abençoados!
Com a parte do Pelouro dos Serviços Gerais acaba o Relatório de Actividades da Câmara. Importante referir a expressa "Organização de Serviços" e "Coordenação de Pessoal", não fossemos pensar não haver essa actividade, a "Reparação da Bandeira Nacional do Municipio", a "Limpeza do Museu Municipal" que está fechado, o "Apoio á actividade de vindimas dos parques verdes do concelho para a confecção do almoço" (!), a "Limpeza das casas de banho públicas na Feira e Praça José Guilherme nomeadamente á falta de pessoal"(!!)
a continuar...
Dissequemos alguns dos documentos propostos á Assembleia.
Comecemos pelo Relatório de Actividades. Na parte elaborada pelo Pelouro do Desenvolvimento Municipal, temos a referência na pág 4 á "montagem de palco" em Aguiar de Sousa e Bitarães, sem que se indique para quê ou ao serviço de quem. Na pág.5 refere-se que em Lordelo se procedeu a umas enigmáticas "mudanças no CTIM". Mas em Diversos, pág 6, fora da caracterização por freguesias, aparece um "montar e desmontar palco e módulos em várias freguesias", que deve ser uma "montagem" diferente, pena não se saber quais as freguesias. Mas na página 6 está um sonoro "Transporte a Lisboa", não se sabe de quê, de quem, como, etc.
Mas como quem não deve não teme, na pág. 9 e num relatório de actividades, alguém nos surpreende com uma frase bombástica, estilo o Benfica vai ser campeão!: "Actualmente o Encontr'Artes está consolidado como a maior manifestação cultural desta área geográfica"
Mas outros pelouros carreiam informação importante para a AM: "remoção de ervas daninhas da Rotunda Sá Carneiro e do Parque José Guilherme." Veja-se a criatividade, a organização, a motivação da gestão PSD de Paredes. É um verdadeiro traço distintivo. A remoção de ervas daninhas. Abençoados!
Com a parte do Pelouro dos Serviços Gerais acaba o Relatório de Actividades da Câmara. Importante referir a expressa "Organização de Serviços" e "Coordenação de Pessoal", não fossemos pensar não haver essa actividade, a "Reparação da Bandeira Nacional do Municipio", a "Limpeza do Museu Municipal" que está fechado, o "Apoio á actividade de vindimas dos parques verdes do concelho para a confecção do almoço" (!), a "Limpeza das casas de banho públicas na Feira e Praça José Guilherme nomeadamente á falta de pessoal"(!!)
a continuar...
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Assembleia Municipal de Paredes,
PSD
domingo, 21 de novembro de 2010
UM HOMEM DE VIDRO
Faleceu Joaquim Gomes
O Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português informa, com profunda mágoa e tristeza, do falecimento hoje, dia 20 de Novembro, aos 93 anos de idade, de Joaquim Gomes, um dos mais destacados dirigentes comunistas da história do PCP, que dedicou toda a sua vida à luta da classe operária, dos trabalhadores e do povo português. Uma vida dedicada à luta contra o fascismo, pela liberdade, contra a exploração capitalista, pela democracia, a paz, o socialismo e o comunismo.
Nascido a 4 de Março de 1917 na Marinha Grande, Joaquim Gomes tornou-se operário aprendiz na indústria vidreira, com apenas 6 anos de idade.
É também muito jovem, durante a década de trinta, que inicia a sua actividade de militante comunista, tendo ingressado aos 14 anos na Federação da Juventude Comunista Portuguesa e, em Março de 1934, no Partido Comunista Português, passando imediatamente a fazer parte do Comité Local da Marinha Grande do PCP.
Foi aí que encabeçou as primeiras lutas dos aprendizes por reivindicações salariais e contra o trabalho violento e as arbitrariedades do patronato. É no desenvolvimento destas lutas, que vieram a ter expressão revolucionária na histórica insurreição de 18 de Janeiro de 1934 contra a fascização dos sindicatos, que Joaquim Gomes é preso pela primeira vez em fins de Novembro de 1933, tinha então 16 anos.
Após a sua libertação em Março de 1934, desempenhou importante papel na reactivação da organização do Partido na Marinha Grande e na solidariedade aos presos do 18 de Janeiro.
A partir dos finais dos anos 30 passou a desempenhar tarefas ligadas à distribuição da imprensa partidária e às casas de apoio à Direcção do Partido.
Em 1952 passa à clandestinidade e entra para o Comité Local de Lisboa. Em 1955 torna-se membro suplente do Comité Central e dois anos depois passa a membro efectivo. Em 1963 integra a Comissão Executiva do Comité Central e posteriormente a Comissão Política.
Foi preso por três vezes pela PIDE e por duas vezes fugiu da cadeia. Uma das suas fugas foi a célebre fuga de Peniche, com Álvaro Cunhal, Jaime Serra, Carlos Costa e outros destacados militantes do Partido.
Depois da revolução de Abril e até ao XV Congresso em 1996 foi membro do Comité Central, tendo mantido as suas responsabilidades como membro do Secretariado e da Comissão Política até ao XIV Congresso em 1992, altura em que foi eleito membro da Comissão Central de Controlo. Exerceu responsabilidades no âmbito da Comissão Administrativa e Financeira e da Comissão de Património Central até ao fim da sua vida.
Foi deputado eleito pelo Distrito de Leiria entre 1976 e 1987.
Modesto e discreto, Joaquim Gomes deixa-nos recordações de uma vida de dedicação e de exemplo da resistência ao fascismo, de luta pela liberdade, a democracia e o socialismo.
Joaquim Gomes lega-nos um exemplo de coragem e abnegação revolucionária, reveladoras da vontade e firmeza inquebrantável na luta ao serviço da classe operária, do povo e da pátria.
sábado, 20 de novembro de 2010
TEXTO
A QUEIJO, COM OU SEM REPRESSÃO
O governo irlandês anunciou que irá distribuir gratuitamente porções de queijo Cheddar ás famílias que mais sofrem com as rigorosas medidas de austeridade. Segundo declarou, dia 8, o ministro da Agricultura, Bredan Smith, serão disponibilizadas 167 toneladas do queijo nacional, cuja aquisição será financiada com cerca de 750 mil euros oriundos das ajudas europeias. «Admiro o trabalho de numerosas organizações de caridade (...) e estou feliz por poder ajudar de uma maneira muito concreta», afirmou Smith um dia depois de o governo de Dublin ter anunciado uma redução de seis mil milhões de euros na despesa pública (Avante, de 18 de Novembro).
Num quadro de corda na garganta, a Irlanda resiste a pedir ajuda ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira. A banca local andou a especular, numa liberdade sem controlo. O modelo irlandês do mercado á solta foi muito propagandeado pelos habituais papagaios que infestam os écrãs e as ondas sonoras. O negócio correu mal e agora o Estado, todos os irlandeses, pagam a factura de brutais medidas restritivas. Quando os sacrossantos mercados espetam a faca no dorso dos politicos, estes já só imploram que a carnificina não seja fatal.
Alimentar o povo a queijo talvez seja medida de sobrevivência. E, sabe-se hoje, o queijo não afecta, antes pelo contrário, melhora a memória. Que é essencial para que algo mude.
Nos últimos dias acumulam-se na comunicação social os sinais de uma generalizada manipulação. A propósito da realização da Cimeira da NATO, em Lisboa, surgem diariamente informações, que sob a forma de ensaios das chamadas forças da ordem, multiplos comentários, previsões ou reportagens, nos anunciam ser possível violência ou ameaças terroristas na referida Cimeira ou nas manifestações que a contestam.
Vivemos no irracional reino da suspeição, onde a cor negra pode ser sinónimo de ocultas intenções, onde o direito á liberdade de expressão se igualiza à deriva destrutiva. Os organizadores da Cimeira, consciente ou inconscientemente, promoveram um clima maniqueísta onde tudo o que contesta a Cimeira, os seus objectivos, a sua ostentação imperial, o seu folclore/bailado de pequenas marionetes a brincar ás guerras de domínio /exploração, é visto como marginal, repugnante, inimigo a abater. A instrumentalização das forças da ordem ao serviço de uma estratégia, de uma subserviencia, de uma lealdade, constitui uma das piores páginas da nossa História. Sócrates nesse aspecto não é melhor do que Karzai ou Berlusconi: ridículo, presunçoso, boçal.
Daí o simbolo da Cimeira poder parecer ser o bastão e a viseira policial, o controlo policial das fronteiras, a cidade cercada internamente e externamente, o carro de combate, a restrição de circulação, a medida de excepção.
A NATO, como organização belicista, anti-democrática, e inútil para o interesse global dos povos, tem dificuldades em se legitimar perante estes e o mundo. Representa cada vez mais um poder militar ao serviço das burguesias nacionais, das corporações internacionais, do imperialismo norte-americano, crescentemente ameaçado pelo poder económico, politico e até militar de países emergentes. A sua proclamada função estabilizadora colide com a necessidade de novas jogadas de controlo de espaços, fontes de energia, rotas de comércio.
Razão tinha Lenine quando dizia que o imperialismo era a fase superior do capitalismo. Afinal que têm eles para nos dar? Queijo, com ou sem repressão, conforme os apetites. Já é altura de mudarmos de vida. Antes que eles soltem os cães.
Cristiano Ribeiro
O governo irlandês anunciou que irá distribuir gratuitamente porções de queijo Cheddar ás famílias que mais sofrem com as rigorosas medidas de austeridade. Segundo declarou, dia 8, o ministro da Agricultura, Bredan Smith, serão disponibilizadas 167 toneladas do queijo nacional, cuja aquisição será financiada com cerca de 750 mil euros oriundos das ajudas europeias. «Admiro o trabalho de numerosas organizações de caridade (...) e estou feliz por poder ajudar de uma maneira muito concreta», afirmou Smith um dia depois de o governo de Dublin ter anunciado uma redução de seis mil milhões de euros na despesa pública (Avante, de 18 de Novembro).
Num quadro de corda na garganta, a Irlanda resiste a pedir ajuda ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira. A banca local andou a especular, numa liberdade sem controlo. O modelo irlandês do mercado á solta foi muito propagandeado pelos habituais papagaios que infestam os écrãs e as ondas sonoras. O negócio correu mal e agora o Estado, todos os irlandeses, pagam a factura de brutais medidas restritivas. Quando os sacrossantos mercados espetam a faca no dorso dos politicos, estes já só imploram que a carnificina não seja fatal.
Alimentar o povo a queijo talvez seja medida de sobrevivência. E, sabe-se hoje, o queijo não afecta, antes pelo contrário, melhora a memória. Que é essencial para que algo mude.
Nos últimos dias acumulam-se na comunicação social os sinais de uma generalizada manipulação. A propósito da realização da Cimeira da NATO, em Lisboa, surgem diariamente informações, que sob a forma de ensaios das chamadas forças da ordem, multiplos comentários, previsões ou reportagens, nos anunciam ser possível violência ou ameaças terroristas na referida Cimeira ou nas manifestações que a contestam.
Vivemos no irracional reino da suspeição, onde a cor negra pode ser sinónimo de ocultas intenções, onde o direito á liberdade de expressão se igualiza à deriva destrutiva. Os organizadores da Cimeira, consciente ou inconscientemente, promoveram um clima maniqueísta onde tudo o que contesta a Cimeira, os seus objectivos, a sua ostentação imperial, o seu folclore/bailado de pequenas marionetes a brincar ás guerras de domínio /exploração, é visto como marginal, repugnante, inimigo a abater. A instrumentalização das forças da ordem ao serviço de uma estratégia, de uma subserviencia, de uma lealdade, constitui uma das piores páginas da nossa História. Sócrates nesse aspecto não é melhor do que Karzai ou Berlusconi: ridículo, presunçoso, boçal.
Daí o simbolo da Cimeira poder parecer ser o bastão e a viseira policial, o controlo policial das fronteiras, a cidade cercada internamente e externamente, o carro de combate, a restrição de circulação, a medida de excepção.
A NATO, como organização belicista, anti-democrática, e inútil para o interesse global dos povos, tem dificuldades em se legitimar perante estes e o mundo. Representa cada vez mais um poder militar ao serviço das burguesias nacionais, das corporações internacionais, do imperialismo norte-americano, crescentemente ameaçado pelo poder económico, politico e até militar de países emergentes. A sua proclamada função estabilizadora colide com a necessidade de novas jogadas de controlo de espaços, fontes de energia, rotas de comércio.
Razão tinha Lenine quando dizia que o imperialismo era a fase superior do capitalismo. Afinal que têm eles para nos dar? Queijo, com ou sem repressão, conforme os apetites. Já é altura de mudarmos de vida. Antes que eles soltem os cães.
Cristiano Ribeiro
sábado, 13 de novembro de 2010
HUMOR
Luis Amado, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, pretende concretizar a Santa Aliança. Aguardemos tão alto designio, de tão piedosas intenções.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
No 97.º Aniversário do Nascimento de Álvaro Cunhal
Relembrando uma história... contada em 10 de Novembro de 2004 por Miguel Urbano Rodrigues no blog resistir.info
No regresso de uma viagem à Bulgária eu, impressionado pela leitura de um ensaio de James West, da Comissão Política do Partido Comunista dos EUA, e de conversas com ele, publiquei um artigo intitulado, se a memória não falha, "As origens do eurocomunismo no browderismo ". Era uma reflexão que estabelecia a ponte entre a vaga do eurocomunismo e o revisionismo de Earl Browder que produziu efeitos devastadores em muitos partidos comunistas da América Latina. A secretária de Álvaro Cunhal telefonou-me informando que ele tinha urgência em falar comigo.
Encontrei-o numa péssima disposição. Agitava na mão o jornal onde parágrafos do artigo estavam sublinhados a vermelho e azul. Escutei uma catilinária devastadora. Durante minutos não tive oportunidade de pronunciar uma palavra em minha defesa.
Qualificou a publicação do artigo de atitude irresponsável, de erro imperdoável. Em tom duríssimo foi acumulando censuras.
Quando o fluxo de criticas abrandou um pouco, tentei expor a minha posição, sublinhando que um simples artigo meu, militante desconhecido em Paris e Roma, não poderia criar tanto problema ao Partido.
Logo me interrompeu:
— A esta hora, o artigo, transmitido para Itália e França, já estará em cima da secretária do Berlinguer e do Marchais. Vai ser interpretado como um ataque indirecto, não teu, mas do PCP ao PCI e ao PCF. Causaste um prejuízo irreparável, sem conserto possível. O mal está feito...»
Mas, subitamente, a expressão do seu rosto suavizou-se, o tom de voz mudou e, olhando-me de frente, falando pausadamente, pôs-me uma mão no ombro e atirou-me para o mundo do absurdo e do inesperado. As suas palavras ficaram para sempre gravadas na minha memória:
— Devo esclarecer que acho o artigo inteligente e bem escrito. Estou de acordo com o conteúdo. Noutras circunstancias poderia assiná-lo. Mas neste momento a sua publicação foi desastrosa.
O episódio ajuda a compreender a dimensão humana do dirigente revolucionário que completa agora 91 anos.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Denúncias
A denúncia parece oportuna. Em edifício traseiro á Câmara Municipal de Paredes, está instalado um andaime para uma eventual obra em telhado. Assiste-se á completa impunidade no que respeita às condições de segurança no trabalho. Não há capacetes, coletes, outros equipamentos. O próprio andaime não parece seguro. Tudo isto nas barbas da autoridade, dos responsáveis autárquicos, da Polícia Municipal, da GNR.
Mas não é único. As mesmas vizinhanças da Câmara estão transformadas em comércio ao ar livre de telemóveis, de origem duvidosa, em actividade ilegal. As mesmas autoridades (e outras, como os representantes do comércio local, as finanças) estão caladas, inertes, complacentes.
Irra, chega de incompetência! Ou teremos de emigrar para não ver estas incapacidades, estas irresponsabilidades?
Mas não é único. As mesmas vizinhanças da Câmara estão transformadas em comércio ao ar livre de telemóveis, de origem duvidosa, em actividade ilegal. As mesmas autoridades (e outras, como os representantes do comércio local, as finanças) estão caladas, inertes, complacentes.
Irra, chega de incompetência! Ou teremos de emigrar para não ver estas incapacidades, estas irresponsabilidades?
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
A GREVE NECESSÁRIA
O dia 24 de Novembro é um dia com significado especial. Aqueles que se sentem agora roubados nos seus salários e nas suas pensões, aqueles que se viram espoliados nos direitos a prestações sociais, no acesso a trabalho com direitos ou ao acesso a serviços públicos de qualidade, terão a oportunidade de fazer valer a sua indignação, a sua revolta, a sua oposição. No dia 24 de Novembro, cada um desses portugueses vítimas da ganância, de usúria do poder, da discriminação e exclusão social, podem com um simples gesto reverter a sua condição: dizer NÃO, dizer colectivamente NÃO.
O dia 24 de Novembro é um dia contra as medidas de austeridade que encostam á parede os que menos têm e menos podem. E que hipotecam o desenvolvimento do país, levam à recessão na economia, aumentam as desigualdades sociais. E provocam o generalizado agravamento da qualidade de vida, com o aumento do IVA e dos preços dos produtos alimentares, dos medicamentos e de serviços prestados na área da saúde, da educação, da energia, dos transportes colectivos, das custas judiciais e outras taxas do Estado.
O dia 24 de Novembro é a votação popular do Orçamento do PS e do PSD, do Mau Orçamento que todos falam, do corte nos salários reais dos trabalhadores do sector público em 2011 entre 3,2% e 13,2%, da redução do pagamento de novas contratações do sector privado em 30 a 40% nos últimos 2 anos. É também um sinal afirmativo da necessidade de se confirmar o salário mínimo de 500 euros em 1/1/2011, exigência inegociável.
O dia 24 de Novembro é também a resistência popular e generalizada contra o desemprego que violenta qualquer trabalhador e empobrece o país, contra o poder económico e financeiro dominante, contra a economia paralela, a fraude e evasão fiscais, as transferências financeiras em direcção aos paraísos fiscais, a favor da tributação das grandes fortunas, dos valores das transações em bolsa e dos produtos de luxo.
O dia 24 de Novembro é um sinal contra as injustiças e um propósito para mudar de politicas. Não se trata de uma simples greve de empresa ou sector, fruto de reivindicações precisas e limitadas. Não se trata de uma oportuna greve de trabalhadores activos, indispensável para garantir condições do presente. Não se trata de uma greve promovida por um sector mais politizado ou mobilizado para a luta.
Trata-se de uma greve nacional, geral, promovida pelas duas confederações sindicais e por muitos sindicatos independentes, que mobiliza os trabalhadores activos, os desempregados, idosos e aposentados, as novas gerações. É um BASTA! incondicional, um MURRO NA MESA vigoroso, um ESTAMOS CÁ! que junta, consciencializa, solidariza os diversos sectores da sociedade, contra o rumo de miséria, de desemprego, de futuro sem esperança.
A coragem também-se se adquire. Ao longo da História, os povos sentiram muitas vezes a necessidade de assumirem o protagonismo, de cortar as amarras que o ligavam á mediocridade das suas elites ou poderes fácticos. E com a razão e o coração, juntos, mesclados em acção coerente, não haverá inimigos ou distrações que lhe determinem o destino.
Cristiano Ribeiro
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
ERA UMA VEZ...
Na sua habitual homilia dominical na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa falou ontem do momento político actual. Ele explica tudo...á Marcelo.
Aos que criticavam o cinzentismo da intervenção de Cavaco Silva na sua cerimónia de apresentação da candidatura, Marcelo sentenciou, sempre sinuoso, mas sempre assertivo: “Cavaco é o que é...”. Assim mesmo. Definitivo. Esclarecedor.
Ainda mal refeitos da profundidade do pensamento, apanhamos logo com aquele trejeito facial que anuncia uma reflexão brilhante. Para os que não veêm em Cavaco qualquer sobressalto, ideia nova, criatividade, para além do auto-elogio serôdio, Marcelo “analisou” com o brilho do costume: “Em tempos de imprevisibilidade geral, os portugueses querem um Cavaco , candidato presidencial, previsível”. Esmagador.
E com loas a Catroga e ao sucesso da reunião “familiar” com Teixeira dos Santos, Marcelo assinala algo que lhe é caro, como a relação entre a evolução da taxa de dívida pública e as expectativas dos “mercados”. Como ele previra, ao acordo sucedera-se a baixa imediata da taxa de dívida pública. Foi dá cá acordo orçamental, toma lá descida da taxa. Os “mercados” são previsiveis, como Cavaco.
Nesta fase, inúmeros portugueses já estariam rendidos à perspicácia do professor.
E mesmo que a taxa de divida publica cresça para os 6% anteriores 48 horas após o acordo PS/PSD, tenho para mim que não é preciso esperar para ouvir a análise de Marcelo de Domingo próximo á noite. Eu sei: os “mercados” não gostaram de não haver registo fotográfico do acordo. Houvesse registo, testemunhas, emoção, uma lágrima, um cordial aperto de mão e certamente os “mercados” não deixariam de presentear os consortes com uma singular oferta, uma oportuna prenda, um libertar do garrote financeiro com que nos presenteiam agora, principes do rigor orçamental e da boa gestão da cousa pública!
Como eu gosto da análise politica de Marcelo! Era uma vez...
Aos que criticavam o cinzentismo da intervenção de Cavaco Silva na sua cerimónia de apresentação da candidatura, Marcelo sentenciou, sempre sinuoso, mas sempre assertivo: “Cavaco é o que é...”. Assim mesmo. Definitivo. Esclarecedor.
Ainda mal refeitos da profundidade do pensamento, apanhamos logo com aquele trejeito facial que anuncia uma reflexão brilhante. Para os que não veêm em Cavaco qualquer sobressalto, ideia nova, criatividade, para além do auto-elogio serôdio, Marcelo “analisou” com o brilho do costume: “Em tempos de imprevisibilidade geral, os portugueses querem um Cavaco , candidato presidencial, previsível”. Esmagador.
E com loas a Catroga e ao sucesso da reunião “familiar” com Teixeira dos Santos, Marcelo assinala algo que lhe é caro, como a relação entre a evolução da taxa de dívida pública e as expectativas dos “mercados”. Como ele previra, ao acordo sucedera-se a baixa imediata da taxa de dívida pública. Foi dá cá acordo orçamental, toma lá descida da taxa. Os “mercados” são previsiveis, como Cavaco.
Nesta fase, inúmeros portugueses já estariam rendidos à perspicácia do professor.
E mesmo que a taxa de divida publica cresça para os 6% anteriores 48 horas após o acordo PS/PSD, tenho para mim que não é preciso esperar para ouvir a análise de Marcelo de Domingo próximo á noite. Eu sei: os “mercados” não gostaram de não haver registo fotográfico do acordo. Houvesse registo, testemunhas, emoção, uma lágrima, um cordial aperto de mão e certamente os “mercados” não deixariam de presentear os consortes com uma singular oferta, uma oportuna prenda, um libertar do garrote financeiro com que nos presenteiam agora, principes do rigor orçamental e da boa gestão da cousa pública!
Como eu gosto da análise politica de Marcelo! Era uma vez...
COM TODA A CONFIANÇA!
O candidato à Presidência da República apoiado pelo PCP esteve hoje no concelho de Paredes. O dia de Francisco Lopes começou com uma recepção calorosa em Parada de Todeia. Foi recebido pelo presidente da Junta de Freguesia Álvaro Pinto e por centenas de camaradas e amigos, que encheram o auditório da freguesia numa clara manifestação de apoio à única candidatura patriótica e de esquerda.
“Francisco avança com toda a confiança!” foi o slogan entoado em uníssono e em alto som pelos presentes na cerimónia. Depois do discurso de boas-vindas e de apoio à candidatura por parte de Álvaro Pinto, o candidato comunista à Presidência da República no seu discurso, que surpreendeu alguns dos presentes pela sua vivacidade, abordou os problemas que afectam os portugueses, cada vez mais reféns da política de direita levada a cabo pelos sucessivos governos do PS, PSD e CDS.
Referindo-se à questão do Orçamento, Francisco Lopes criticou fortemente as consequências da sua aprovação, afirmando que este “é o orçamento dos especuladores e dos banqueiros contra os trabalhadores e o povo”, sem deixar de lembrar que os outros candidatos à Presidência da República manifestaram o seu apoio a favor do orçamento “que vai agravar ainda mais as condições de vida dos portugueses”.
Afirmou a necessidade de inverter o rumo das linhas políticas que têm vindo a asfixiar o povo enquanto os grupos económicos e os especuladores vêm os seus lucros aumentar. Fez o apelo para que o povo não aceite o discurso que não há nada fazer, mas que lute e dê apoio à sua candidatura, a única que incorporando os valores de Abril se assume capaz de trazer justiça social e desenvolvimento ao país. E por isso “cada apoio, cada voto conta como um contributo capaz de protagonizar uma alternativa a favor do povo português”.
Depois de Parada de Todeia, o candidato rumou a um restaurante de Baltar, onde o esperavam centena e meia de apoiantes.
(Francisco Lopes ladeado por Cristiano Ribeiro e Álvaro Pinto)
Nesta iniciativa, Cristiano Ribeiro, o responsável pela Comissão Concelhia de Paredes e membro da Direcção da Sub-Região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega do PCP, tomou a palavra para manifestar o apoio inequívoco do PCP da região à candidatura de Francisco Lopes, aproveitando para abordar algumas lutas levadas pelo Partido, desde a intervenção junto dos trabalhadores de empresas que desrespeitam os direitos laborais até à questão das portagens nas SCUT, passando pela questão dos ataques à Saúde pública e aos encerramentos das escolas.
Francisco Lopes reafirmou os propósitos da sua candidatura sem deixar de criticar as opções do Governo que “em vez de porem Portugal a produzir, geram desemprego e injustiça social. Não podemos aceitar que haja mais de 700 mil desempregados e não se aproveite as potencialidades do país”. Interrompido por diversas vezes pelo entusiasmo dos comensais, o candidato continuou afirmando que “os sucessivos governos não sabem aproveitar os recursos naturais e humanos que temos e só sabem aplicar cortes àqueles que mais necessitam de protecção”. Contudo, “há um caminho alternativo que assenta não no discurso das inevitabilidades mas na luta dos trabalhadores e do povo”.
Por isso apelou à participação na manifestação da Função Pública no próximo sábado, na manifestação de 20 de Novembro contra a realização da cimeira da Nato em Portugal englobada na campanha “Paz sim. Nato não!” e na Greve Geral agendada pela CGTP para o próximo 24 de Novembro.
“Francisco avança com toda a confiança!” foi o slogan entoado em uníssono e em alto som pelos presentes na cerimónia. Depois do discurso de boas-vindas e de apoio à candidatura por parte de Álvaro Pinto, o candidato comunista à Presidência da República no seu discurso, que surpreendeu alguns dos presentes pela sua vivacidade, abordou os problemas que afectam os portugueses, cada vez mais reféns da política de direita levada a cabo pelos sucessivos governos do PS, PSD e CDS.
Referindo-se à questão do Orçamento, Francisco Lopes criticou fortemente as consequências da sua aprovação, afirmando que este “é o orçamento dos especuladores e dos banqueiros contra os trabalhadores e o povo”, sem deixar de lembrar que os outros candidatos à Presidência da República manifestaram o seu apoio a favor do orçamento “que vai agravar ainda mais as condições de vida dos portugueses”.
Afirmou a necessidade de inverter o rumo das linhas políticas que têm vindo a asfixiar o povo enquanto os grupos económicos e os especuladores vêm os seus lucros aumentar. Fez o apelo para que o povo não aceite o discurso que não há nada fazer, mas que lute e dê apoio à sua candidatura, a única que incorporando os valores de Abril se assume capaz de trazer justiça social e desenvolvimento ao país. E por isso “cada apoio, cada voto conta como um contributo capaz de protagonizar uma alternativa a favor do povo português”.
Depois de Parada de Todeia, o candidato rumou a um restaurante de Baltar, onde o esperavam centena e meia de apoiantes.
(Francisco Lopes ladeado por Cristiano Ribeiro e Álvaro Pinto)
Nesta iniciativa, Cristiano Ribeiro, o responsável pela Comissão Concelhia de Paredes e membro da Direcção da Sub-Região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega do PCP, tomou a palavra para manifestar o apoio inequívoco do PCP da região à candidatura de Francisco Lopes, aproveitando para abordar algumas lutas levadas pelo Partido, desde a intervenção junto dos trabalhadores de empresas que desrespeitam os direitos laborais até à questão das portagens nas SCUT, passando pela questão dos ataques à Saúde pública e aos encerramentos das escolas.
Francisco Lopes reafirmou os propósitos da sua candidatura sem deixar de criticar as opções do Governo que “em vez de porem Portugal a produzir, geram desemprego e injustiça social. Não podemos aceitar que haja mais de 700 mil desempregados e não se aproveite as potencialidades do país”. Interrompido por diversas vezes pelo entusiasmo dos comensais, o candidato continuou afirmando que “os sucessivos governos não sabem aproveitar os recursos naturais e humanos que temos e só sabem aplicar cortes àqueles que mais necessitam de protecção”. Contudo, “há um caminho alternativo que assenta não no discurso das inevitabilidades mas na luta dos trabalhadores e do povo”.
Por isso apelou à participação na manifestação da Função Pública no próximo sábado, na manifestação de 20 de Novembro contra a realização da cimeira da Nato em Portugal englobada na campanha “Paz sim. Nato não!” e na Greve Geral agendada pela CGTP para o próximo 24 de Novembro.
(público presente no Salão de Festas da Junta de Freguesia de Parada de Todeia)
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