quinta-feira, 29 de julho de 2010
EB2,3 DE BALTAR E A SEGURANÇA
Não basta não utilizar as instalações, convém colocar uma vedação de segurança... ou então deitar abaixo. Para que não ocorram mais acidentes...
quarta-feira, 28 de julho de 2010
O CEMITÉRIO DE ALCOCHETE
O Instituto de Conservação da Natureza negou á Câmara Municipal de Alcochete a intenção de instalar um cemitério na zona da antiga fábrica de pneus de Firestone. O argumento era a “pressão humana” que tal equipamento iria gerar numa zona ambientalmente sensível.
Dois a três anos após, já não se “contrariava o espírito” da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, classificada de Reserva Ecológica Nacional, aprovando o mesmo ICN um complexo comercial de cerca de 75 mil m2 , e viabilizando a construção do Freeport, a cem metros da zona mais sensível da Zona de Protecção Especial, de lamas e sapais.
A aprovação pelo Governo Socialista ocorre a 3 dias das eleições legislativas que dariam a vitória ao PSD de Durão Barroso. O ministro do Ambiente era então José Sócrates.
Nas suspeitas de corrupção na viabilização do empreendimento, nas suspeitas de extorsão, nos milhões que os promotores do empreendimento pagaram e alguém recebeu, nas luvas para financiamento ilícito de partidos, sabemos agora que tudo se esfumou nos sapais e lamas de Alcochete.
E um cemitério apareceu aí onde jaz a verdade e a transparência.
Sócrates, inocente? Ainda bem! Inauguremos então o novo cemitério.
Dois a três anos após, já não se “contrariava o espírito” da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, classificada de Reserva Ecológica Nacional, aprovando o mesmo ICN um complexo comercial de cerca de 75 mil m2 , e viabilizando a construção do Freeport, a cem metros da zona mais sensível da Zona de Protecção Especial, de lamas e sapais.
A aprovação pelo Governo Socialista ocorre a 3 dias das eleições legislativas que dariam a vitória ao PSD de Durão Barroso. O ministro do Ambiente era então José Sócrates.
Nas suspeitas de corrupção na viabilização do empreendimento, nas suspeitas de extorsão, nos milhões que os promotores do empreendimento pagaram e alguém recebeu, nas luvas para financiamento ilícito de partidos, sabemos agora que tudo se esfumou nos sapais e lamas de Alcochete.
E um cemitério apareceu aí onde jaz a verdade e a transparência.
Sócrates, inocente? Ainda bem! Inauguremos então o novo cemitério.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
SOBRE OS NOVOS E ESCANDALOSOS LUCROS DA BANCA
O anúncio dos lucros de três dos quatro maiores bancos privados portugueses confirma, mais uma vez, a situação de escandaloso benefício que continua a ter o sector bancário em Portugal. Num quadro de profunda crise económica e social, com o agravamento sistemático do desemprego e da precariedade, o ataque aos salários e às reformas, o corte das prestações sociais e (ou) degradação do investimento público, o aumento anunciado dos lucros do BPI e BES, respectivamente em 11,8% e 14,6% e a perspectiva de um aumento de lucros do BCP de 12,5% constituem um verdadeiro escândalo nacional.
De facto, ao mesmo tempo que penaliza os trabalhadores, suas famílias e a economia - em particular as micro, pequenas e médias empresas – o sector bancário continua a ser beneficiado com apoios públicos vultuosos que se mantêm em vigor, como acontece com o prolongamento da disponibilidade de apoio até 20 mil milhões de euros recentemente aprovado.
Não deixa de ser sintomático que, num momento em que os chamados testes de stress bancário concluem pela solidez das instituições financeiras, independentemente do papel que esses testes assumem no processo de rapina de recursos públicos, a banca mantenha uma atitude marcada pela usura e a forçada extorsão dos rendimentos familiares e das pequenas e médias empresas por via do preço do crédito e das comissões cobradas. Comissões estas com um aumento crescente no conjunto das receitas das instituições financeiras, que se cifram em mais de 4800 milhões de euros em 2008 e 2009.
Os lucros agora anunciados confirmam a gravidade dos dados recentemente anunciados pela Associação Portuguesa de Bancos em relação ao ano de 2009, em que se confirma uma taxa efectiva de IRC na melhor das hipóteses abaixo dos 15% e que pode ser, a confirmarem-se as perspectivas mais optimistas da banca, na ordem dos 5%.
Num quadro em que o Governo, com o apoio do PSD, aplica restrições draconianas aos salários e às prestações sociais, e determina o aumento dos bens essenciais, seja através do aumento do IVA, seja da aceitação dos aumentos da energia e dos combustíveis, é gritante o contraste com os benefícios fiscais que se atribuem à banca e que permitem uma tão baixa tributação dos seus lucros.
Os dados agora anunciados confirmam a indispensabilidade de medidas que introduzam critérios de justiça fiscal na tributação da banca, tal como o PCP tem vindo a propor, designadamente e entre outras medidas, a aplicação de uma taxa efectiva de 25% (a taxa que está inscrita na lei), eliminando os amplos benefícios fiscais que hoje estão atribuídos a este sector. Trata-se de uma medida que teria permitido em 2009 um encaixe de mais cerca de 160 milhões de euros (157,4) e que garantiria que o aumento dos lucros agora anunciado fosse pelo menos tributado a níveis idênticos aos aplicados à generalidade das empresas.
Gabinete de Imprensa do PCP
De facto, ao mesmo tempo que penaliza os trabalhadores, suas famílias e a economia - em particular as micro, pequenas e médias empresas – o sector bancário continua a ser beneficiado com apoios públicos vultuosos que se mantêm em vigor, como acontece com o prolongamento da disponibilidade de apoio até 20 mil milhões de euros recentemente aprovado.
Não deixa de ser sintomático que, num momento em que os chamados testes de stress bancário concluem pela solidez das instituições financeiras, independentemente do papel que esses testes assumem no processo de rapina de recursos públicos, a banca mantenha uma atitude marcada pela usura e a forçada extorsão dos rendimentos familiares e das pequenas e médias empresas por via do preço do crédito e das comissões cobradas. Comissões estas com um aumento crescente no conjunto das receitas das instituições financeiras, que se cifram em mais de 4800 milhões de euros em 2008 e 2009.
Os lucros agora anunciados confirmam a gravidade dos dados recentemente anunciados pela Associação Portuguesa de Bancos em relação ao ano de 2009, em que se confirma uma taxa efectiva de IRC na melhor das hipóteses abaixo dos 15% e que pode ser, a confirmarem-se as perspectivas mais optimistas da banca, na ordem dos 5%.
Num quadro em que o Governo, com o apoio do PSD, aplica restrições draconianas aos salários e às prestações sociais, e determina o aumento dos bens essenciais, seja através do aumento do IVA, seja da aceitação dos aumentos da energia e dos combustíveis, é gritante o contraste com os benefícios fiscais que se atribuem à banca e que permitem uma tão baixa tributação dos seus lucros.
Os dados agora anunciados confirmam a indispensabilidade de medidas que introduzam critérios de justiça fiscal na tributação da banca, tal como o PCP tem vindo a propor, designadamente e entre outras medidas, a aplicação de uma taxa efectiva de 25% (a taxa que está inscrita na lei), eliminando os amplos benefícios fiscais que hoje estão atribuídos a este sector. Trata-se de uma medida que teria permitido em 2009 um encaixe de mais cerca de 160 milhões de euros (157,4) e que garantiria que o aumento dos lucros agora anunciado fosse pelo menos tributado a níveis idênticos aos aplicados à generalidade das empresas.
Gabinete de Imprensa do PCP
domingo, 25 de julho de 2010
FRASE
Perante a denúncia do "esquecimento" por parte da autarquia de Paredes da comemoração do centenário da classificação do Mosteiro de Cete como Monumento Nacional, Raquel Moreira da Silva, substituta do Presidente da Câmara de Paredes na sessão da Assembleia Municipal de 24 de Julho, comentou:
"Lamento!... mas a Rota do Românico também...(patati, patatà)"
Comentário: tanto assessor, tanto colaborador, tanto jornalismo local, tanto profissional "encartado" da cultura e não é que têm que ser os "comunas" do sítio a lembrar tão importante data! Sinais dos tempos.
"Lamento!... mas a Rota do Românico também...(patati, patatà)"
Comentário: tanto assessor, tanto colaborador, tanto jornalismo local, tanto profissional "encartado" da cultura e não é que têm que ser os "comunas" do sítio a lembrar tão importante data! Sinais dos tempos.
sábado, 24 de julho de 2010
sexta-feira, 23 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
a biografia e o esclarecimento
Relembre-se a biografia da Ministra do Trabalho e Solidariedade Social. Maria Helena André, 48 anos e licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, é a actual Ministra do Trabalho e Solidariedade Social.
A ministra foi Secretária-Geral Adjunta da Confederação Europeia de Sindicatos (CES), responsável pelo Diálogo Social Europeu e Política Social Europeia.
O primeiro emprego de Maria Helena André foi na União Geral de Trabalhadores (UGT), no início dos anos 80.
Na mesma associação esteve envolvida em vários departamentos, tendo sido chefe do Departamento Internacional entre 1988 e 1991, altura em que se tornou membro do Secretariado do CES. Aí esteve envolvida nas áreas do mercado de trabalho, da formação, da imigração e da juventude.
Hoje em dia, para além do cargo na CES, é membro do Conselho Científico do Instituto de Investigação sobre o Emprego da Napier University, em Edimburgo
O esclarecimento de Helena André é “demonstrativo” de um Governo que “hoje diz uma coisa e amanhã diz outra”. O esclarecimento de Helena André surgiu na sequência de uma entrevista que deu ao Diário de Notícias, na qual a ministra declarou que a Função Pública teria um ajustamento dos salários de 1,4 por cento (valor igual ao da inflação) em 2011.
No entanto, a ministra veio entretanto explicar que o aumento dos salários da Função Pública cabe ao Ministério das Finanças e assegurou que “não há qualquer decisão sobre esta matéria”.
Conclusão: conhecida a biografia e visto o esclarecimento, a justificação está no berço...
segunda-feira, 19 de julho de 2010
o maior mastro do mundo era português
Um Comentário em fundo laranja:
No inicio eram os mecenas da República os que apostariam em financiar o MASTRO. Agora não há uma só empresa de construção que prescinda de margens de lucro da sua construção...Fica Celso Ferreira, a Presidência da República e a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República sem o seu mastro...e nós ganhamos uma música dos Deolinda.
sábado, 17 de julho de 2010
da leitura dos jornais
Do JN de hoje:
M. A. Pina - Uma história mal contada
Noticia o JN que Rui Rio mais os seis vereadores da coligação PSD/CDS que manda na Câmara do Porto chumbaram uma proposta do vereador Rui Sá, da CDU, no sentido de ser atribuído o nome de José Saramago a uma rua da cidade.
Não custa a crer que Rio e os "seus" vereadores estejam a ser injustamente acusados de mesquinhez e que a responsabilidade do sucedido caiba, sim, ao vereador Rui Sá.
Com efeito, este terá dado por assente que Rio e o PSD/CDS soubessem quem foi José Saramago, não tendo tido o cuidado de lhes explicar tratar-se de um escritor português recentemente falecido, Prémio Nobel da Literatura (o único Nobel da língua portuguesa).
Se o tivesse feito, decerto Rio exclamaria "Ah, sim? Não me diga!", logo votando favoravelmente a proposta, seguido em ordem unida por todo o pelotão PSD/CDS.
Quando, daqui a uns anos, Rui Rio (quem?) for recordado como um camarário do tempo de Saramago que tentou impedir que o seu nome fosse dado a uma rua do Porto (assim como um tal Sousa Lara ficou conhecido por ter censurado "O Evangelho segundo Jesus Cristo"), era bom que se contasse a história toda."
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina
M. A. Pina - Uma história mal contada
Noticia o JN que Rui Rio mais os seis vereadores da coligação PSD/CDS que manda na Câmara do Porto chumbaram uma proposta do vereador Rui Sá, da CDU, no sentido de ser atribuído o nome de José Saramago a uma rua da cidade.
Não custa a crer que Rio e os "seus" vereadores estejam a ser injustamente acusados de mesquinhez e que a responsabilidade do sucedido caiba, sim, ao vereador Rui Sá.
Com efeito, este terá dado por assente que Rio e o PSD/CDS soubessem quem foi José Saramago, não tendo tido o cuidado de lhes explicar tratar-se de um escritor português recentemente falecido, Prémio Nobel da Literatura (o único Nobel da língua portuguesa).
Se o tivesse feito, decerto Rio exclamaria "Ah, sim? Não me diga!", logo votando favoravelmente a proposta, seguido em ordem unida por todo o pelotão PSD/CDS.
Quando, daqui a uns anos, Rui Rio (quem?) for recordado como um camarário do tempo de Saramago que tentou impedir que o seu nome fosse dado a uma rua do Porto (assim como um tal Sousa Lara ficou conhecido por ter censurado "O Evangelho segundo Jesus Cristo"), era bom que se contasse a história toda."
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina
quinta-feira, 15 de julho de 2010
CEGOS DO FUTURO
(imagem retirada de samuel-cantigueiro.blogspot.com)
Como são fúteis os medíocres ..
como eles odeiam os que os combatem, e os denunciam..
tão habituados andam a pastar e a zurrar, em terreno onde só medram as suas estúpidas vaidades.
Não percebem eles que Saramago habita em cada esquina da Baixa, tem a estátua de Garrett como companhia e transporta-se em voos de gaivotas levantadas do chão.
Não percebem eles. Eles não percebem que o futuro não lhes curará a cegueira.
o regresso dos abutres
Numa intervenção nas jornadas parlamentares do PSD, que decorreram no Parlamento, Ernâni Lopes afirmou que se fosse ministro das Finanças diminuiria, “seguramente, os vencimentos dos funcionários públicos, incluindo os ministros”, com “um corte na banda dos 15, 20, 30 por cento - 15 sem dúvida, 20 provavelmente”.
“A cru. Sem explicar nada. Ou melhor, explicando que ou é assim ou não é. Não querem, então não se faz”, prosseguiu o antigo ministro das Finanças do Governo do Bloco Central.
terça-feira, 13 de julho de 2010
DA LEITURA DOS JORNAIS
FUTURO
O bem guardado mistério sobre o futuro de Portugal e dos portugueses poderá ter começado a desvendar-se através de uma notícia breve, publicada na sexta-feira passada.
Com ou sem formação, os portugueses foram condenados ao fim do emprego e à precariedade. Isso já se sabia. Mas agora ficou também a saber-se que a venda de cautelas e a engraxadoria podem ser actividades de futuro em Portugal. Ora isto representa uma clarificação não só para cauteleiros e engraxadores, mas para todos os putativos equiparados: amoladores, plastificadores de cartões, bufarinheiros, biscateiros e serventes podem igualmente dar livre curso ao espírito de empreendedorismo.
Por outro lado, a boa nova abre alargados horizontes ao sentido de desenrascanço dos portugueses que não tardarão a consagrar novas profissões, filhas da crise, por parte da mãe, e do fim do emprego, pelo lado do pai. Antigamente havia o Instituto das Novas Profissões. Agora há o instituto do desenrasca. E com a formação da escola superior do desenrascanço, os portugueses poderão enveredar por ocupações e até mesmo carreiras de futuro como sejam guia turístico ocasional, indicador de ruas, polidor de calçadas, arrumador transeunte, vendedor deambulante, disseminador de publicidade, figurante, mirone, emplastro ou basbaque, agitador de claques, respondente a inquéritos de rua, testemunha ocular, alegada vítima ou mesmo suposto criminoso. Tudo isto, para além de tudo o que representa economicamente, significa um incremento da intervenção social dos portugueses.
A menos que os termos da notícia tenham outros sentidos. E que profissões de futuro sejam os engraxadores - dispostos a dar graxa ao poder - e os cauteleiros - sempre prontos para todas as cautelas de maneira a não levantar ondas.
(João Paulo Guerra, em Diário Económico, de 13-07-2010)
O bem guardado mistério sobre o futuro de Portugal e dos portugueses poderá ter começado a desvendar-se através de uma notícia breve, publicada na sexta-feira passada.
Com ou sem formação, os portugueses foram condenados ao fim do emprego e à precariedade. Isso já se sabia. Mas agora ficou também a saber-se que a venda de cautelas e a engraxadoria podem ser actividades de futuro em Portugal. Ora isto representa uma clarificação não só para cauteleiros e engraxadores, mas para todos os putativos equiparados: amoladores, plastificadores de cartões, bufarinheiros, biscateiros e serventes podem igualmente dar livre curso ao espírito de empreendedorismo.
Por outro lado, a boa nova abre alargados horizontes ao sentido de desenrascanço dos portugueses que não tardarão a consagrar novas profissões, filhas da crise, por parte da mãe, e do fim do emprego, pelo lado do pai. Antigamente havia o Instituto das Novas Profissões. Agora há o instituto do desenrasca. E com a formação da escola superior do desenrascanço, os portugueses poderão enveredar por ocupações e até mesmo carreiras de futuro como sejam guia turístico ocasional, indicador de ruas, polidor de calçadas, arrumador transeunte, vendedor deambulante, disseminador de publicidade, figurante, mirone, emplastro ou basbaque, agitador de claques, respondente a inquéritos de rua, testemunha ocular, alegada vítima ou mesmo suposto criminoso. Tudo isto, para além de tudo o que representa economicamente, significa um incremento da intervenção social dos portugueses.
A menos que os termos da notícia tenham outros sentidos. E que profissões de futuro sejam os engraxadores - dispostos a dar graxa ao poder - e os cauteleiros - sempre prontos para todas as cautelas de maneira a não levantar ondas.
(João Paulo Guerra, em Diário Económico, de 13-07-2010)
o polvo
Recentemente no Porto Canal, Celso Ferreira a contragosto lá "esclareceu" que os dez mil milhões de euros da cidade tecnológica era o investimento no prazo de 20 anos....e que incluia o investimento inicial mais o que isso reproduziria no futuro...
Inicialmente seriam "só" 250 milhões de euros... e para desdizer alguém que no futuro possa querer confrontar as promessas de 2010 com a realidade, ele vai dizendo que a Câmara só funciona como promotor-facilitador e não possui estatuto que o possa fazer concorrer com a Catalunha ou a Westephália na captação de investimento externo...
Eu acredito mais nas capacidades adivinhatórias do polvo.
O PS local também não acredita no projecto mas lança um Zorrinho qualquer para nos fazer acreditar que Natal pode ser um dia qualquer...
Inicialmente seriam "só" 250 milhões de euros... e para desdizer alguém que no futuro possa querer confrontar as promessas de 2010 com a realidade, ele vai dizendo que a Câmara só funciona como promotor-facilitador e não possui estatuto que o possa fazer concorrer com a Catalunha ou a Westephália na captação de investimento externo...
Eu acredito mais nas capacidades adivinhatórias do polvo.
O PS local também não acredita no projecto mas lança um Zorrinho qualquer para nos fazer acreditar que Natal pode ser um dia qualquer...
domingo, 11 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
DEPOIS DA JORNADA DE LUTA, UMA SINGULAR INICIATIVA CULTURAL
GALA DE ÓPERA EM S.PEDRO DA COVA
Quinta-Feira , 8 de Julho ,21h30
Largo da Feira de Vila Verde (S. Pedro da Cova)
Abertura do Festival Gasómetro
e
Sessão de Aniversário Elevação S. Pedro da Cova a Vila
Com Círculo Portuense de Ópera, que interpreta Árias dos seguintes compositores: Donizetti, Mozart, Bellini, Bizet, Verdi, e Puccini
Uma iniciativa com características únicas. Pela primeira vez em S. Pedro da Cova, ao vivo e em recinto aberto.
Co-organização (abertura) - Associação Estrelas de Silveirinhos e Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova
O Festival Gasómetro decore nos dias 8, 9, 10 e 11 de Julho, e é organizado pela Associação Estrelas de Silveirinhos.
Quinta-Feira , 8 de Julho ,21h30
Largo da Feira de Vila Verde (S. Pedro da Cova)
Abertura do Festival Gasómetro
e
Sessão de Aniversário Elevação S. Pedro da Cova a Vila
Com Círculo Portuense de Ópera, que interpreta Árias dos seguintes compositores: Donizetti, Mozart, Bellini, Bizet, Verdi, e Puccini
Uma iniciativa com características únicas. Pela primeira vez em S. Pedro da Cova, ao vivo e em recinto aberto.
Co-organização (abertura) - Associação Estrelas de Silveirinhos e Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova
O Festival Gasómetro decore nos dias 8, 9, 10 e 11 de Julho, e é organizado pela Associação Estrelas de Silveirinhos.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
INTERROGAÇÕES E ANGÚSTIAS DE UM LEIGO
INTERROGAÇÕES E ANGÚSTIAS DE UM LEIGO
A recente apresentação no Auditório da Casa da Cultura de Paredes do Projecto da Cidade Inteligente constituiu a meu ver um exercício raro de incapacidade de concretizar uma ideia, expondo-a com verdade.
Afinal no início todos se interrogavam: o que era a Cidade Inteligente?
A sessão foi pouco clarificadora. No fim pergunta-se: que “Cidade Inteligente” irá existir no futuro?
Uma promotora, a Living PlanIt, dispõe-se a dar origem a uma cidade tecnológica a construir dentro de 2 a 3 anos, chamada Planit Valley. Um dos primeiros inquilinos da cidade visionária é a Cisco Systems com quem a Planit Valley assinou uma carta de intenções para a construção de um Centro de inovação Global para serviços em rede.
Onde se localizará a cidade das novas tecnologias? Em 17 km2, em terrenos das freguesias de Parada de Todeia, Recarei, Sobreira e Aguiar de Sousa, do sul do Concelho de Paredes. Em terrenos ainda não adquiridos, indefinida a entidade aquisitora (Câmara Municipal? Planit Valley? Ambas?) embora se fale em financiamento bancário. A 1.ª fase do projecto reserva o direito de se instalar em 40 ha, com investimentos de 10 mil milhões de euros, com dezenas de milhar de postos de trabalho e 12.000 parceiros de pequenas e médias empresas .
O Secretário de Estado da Energia e Inovação Carlos Zorrinho apadrinhou a iniciativa, deixando expressas palavras de indesmentível entusiasmo. Certamente muito mais foi dito, mas a ausência de tradução das intervenções em Inglês de alguns dos mais importantes protagonistas dificultou a busca dos contornos reais do Projecto. Acresce que o tempo previsto no convite para perguntas e respostas se reduziu a uma informal conferência de imprensa nos Jardins da Casa da Cultura dada pelos protagonistas estrangeiros á comunicação social, sem presença ou participação do restante público.
Há perguntas que não sendo até à data respondidas deixam forte dúvidas no ar.
Qual a verdadeira dimensão do empreendimento, área envolvida e limitação funcional /administrativa da nova cidade?
Qual a política de expropriações, compra de terrenos, direitos dos proprietários que não querem vender as suas propriedades?
Quais as alterações do PDM concelhio?
Quais as mais valias criadas para as freguesias e populações, serviços comuns com a nova Cidade, e dividendos das empresas localizadas na Cidade inteligente?
Alega-se que há muito caminho andado, muito estudo elaborado, muito projecto parcelar. Não duvidamos. Refere-se a existência de um necessário sigilo, uma confidencialidade benéfica. Sabe-se contudo que o interesse público exige respostas adequadas, transparentes e não dúbias. Não se compreende que as autarquias locais, as freguesias, não sejam informadas.
Sendo o Projecto assim exposto tão importante pelo investimento propalado, pela criação de postos de trabalho anunciada e pelo prestígio nacional que se anteveria, não se compreende a ausência das principais figuras do Executivo, como Primeiro Ministro, o Ministro da Economia, o Ministro das Finanças, o Ministro da Ciência e Tecnologia, o Ministro do Trabalho, os responsáveis do Comércio Externo.
Igualmente não se compreende o alheamento das principais empresas nacionais da área tecnológica e de informação como a Portugal Telecom, a Sonae.
Ou melhor, tudo se compreenderá no futuro.
Na Assembleia Municipal começaremos a colocar as perguntas necessárias. E proponho desde já uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal para tratar deste tema. E para os que invocam a redução da despesa do seu funcionamento, fica a sugestão da dispensa de pagamento das senhas de presença.
Cristiano Ribeiro
A recente apresentação no Auditório da Casa da Cultura de Paredes do Projecto da Cidade Inteligente constituiu a meu ver um exercício raro de incapacidade de concretizar uma ideia, expondo-a com verdade.
Afinal no início todos se interrogavam: o que era a Cidade Inteligente?
A sessão foi pouco clarificadora. No fim pergunta-se: que “Cidade Inteligente” irá existir no futuro?
Uma promotora, a Living PlanIt, dispõe-se a dar origem a uma cidade tecnológica a construir dentro de 2 a 3 anos, chamada Planit Valley. Um dos primeiros inquilinos da cidade visionária é a Cisco Systems com quem a Planit Valley assinou uma carta de intenções para a construção de um Centro de inovação Global para serviços em rede.
Onde se localizará a cidade das novas tecnologias? Em 17 km2, em terrenos das freguesias de Parada de Todeia, Recarei, Sobreira e Aguiar de Sousa, do sul do Concelho de Paredes. Em terrenos ainda não adquiridos, indefinida a entidade aquisitora (Câmara Municipal? Planit Valley? Ambas?) embora se fale em financiamento bancário. A 1.ª fase do projecto reserva o direito de se instalar em 40 ha, com investimentos de 10 mil milhões de euros, com dezenas de milhar de postos de trabalho e 12.000 parceiros de pequenas e médias empresas .
O Secretário de Estado da Energia e Inovação Carlos Zorrinho apadrinhou a iniciativa, deixando expressas palavras de indesmentível entusiasmo. Certamente muito mais foi dito, mas a ausência de tradução das intervenções em Inglês de alguns dos mais importantes protagonistas dificultou a busca dos contornos reais do Projecto. Acresce que o tempo previsto no convite para perguntas e respostas se reduziu a uma informal conferência de imprensa nos Jardins da Casa da Cultura dada pelos protagonistas estrangeiros á comunicação social, sem presença ou participação do restante público.
Há perguntas que não sendo até à data respondidas deixam forte dúvidas no ar.
Qual a verdadeira dimensão do empreendimento, área envolvida e limitação funcional /administrativa da nova cidade?
Qual a política de expropriações, compra de terrenos, direitos dos proprietários que não querem vender as suas propriedades?
Quais as alterações do PDM concelhio?
Quais as mais valias criadas para as freguesias e populações, serviços comuns com a nova Cidade, e dividendos das empresas localizadas na Cidade inteligente?
Alega-se que há muito caminho andado, muito estudo elaborado, muito projecto parcelar. Não duvidamos. Refere-se a existência de um necessário sigilo, uma confidencialidade benéfica. Sabe-se contudo que o interesse público exige respostas adequadas, transparentes e não dúbias. Não se compreende que as autarquias locais, as freguesias, não sejam informadas.
Sendo o Projecto assim exposto tão importante pelo investimento propalado, pela criação de postos de trabalho anunciada e pelo prestígio nacional que se anteveria, não se compreende a ausência das principais figuras do Executivo, como Primeiro Ministro, o Ministro da Economia, o Ministro das Finanças, o Ministro da Ciência e Tecnologia, o Ministro do Trabalho, os responsáveis do Comércio Externo.
Igualmente não se compreende o alheamento das principais empresas nacionais da área tecnológica e de informação como a Portugal Telecom, a Sonae.
Ou melhor, tudo se compreenderá no futuro.
Na Assembleia Municipal começaremos a colocar as perguntas necessárias. E proponho desde já uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal para tratar deste tema. E para os que invocam a redução da despesa do seu funcionamento, fica a sugestão da dispensa de pagamento das senhas de presença.
Cristiano Ribeiro
Etiquetas:
Assembleia Municipal de Paredes,
cidade inteligente
domingo, 4 de julho de 2010
DA LEITURA DOS JORNAIS
“A ( ..).notícia dava conta da conquista da Cisco (o gigante mundial das redes de computadores) para um mirabolante projecto localizado em Paredes. Garantem os promotores, com a conivência da autarquia e do Governo, que vai nascer ali uma nova cidade altamente tecnonológica, “verde” como se impõe, num investimento que atingirá dez mil milhões de euros. 10 000 000 000! Quantoas empresas Vao lá estar em 2015? Doze mil, dizem eles. Até agora nem um cêntimo dessa fortuna foi desembolsado por nenhum investidor e a Cisco, mais do que investir, propõe-se vender equipamentos e serviços. Muitos. Faz ela bem, é o seu negócio. A Câmara assegura que consegue financiamento para comprar os terrenos. Afinal Portugal é aquele pequeno país onde houve dinheiro para o Magalhães, porque não para isto também? Leiam os comentários que vão surgindo e constate-se como esta visão do paraíso intoxica até mentes habitualmente lúcidas”.
Tiago Azevedo Fernandes (Engenheiro), no JN de 1 de Julho de 2010
COMO SE FOSSE LILI CANEÇAS
Será que alguém sabe o que é a Porta do Design Hub-Paredes, que tem por objectivo a territorialização, ao nível do contexto urbano, através da criação de um espaço iónico no centro da cidade, numa lógica de laboratório urbano vivo (“living lab”) onde o design impera? Sim, todos sabemos.
Será que alguém sabe o que é uma Incubadora para o Design de Mobiliário e Artes Decorativas e Oficinas Criativas, com outras funções de carácter criativo e multidisciplinar? Sim, todos sabemos.
Será que alguém sabe o que é uma nova centralidade na Região Norte, com um polo urbano criativo, focado no design de mobiliário e artes decorativas? Sim, todos sabemos.
Será que alguém sabe o que é um Circuito Aberto de Arte Pública e Regeneração Urbana do Centro da Cidade de Paredes? Sim, todos sabemos.
Já nos explicaram tudo. É assim como uma mulher de meia idade, disposta a mudar de visual parta renovar a imagem e conservar-se jovem. Com o chamado “lifting facial”.
Imaginem a Lili Caneças. A seu modo, vai ser Paredes no futuro. Intervenções mais ou menos cirúrgicas no tecido urbano. Concursos públicos, projectos, prémios, muita reflexão e análise.
Um discurso qualificado a prometer um criativo vazio de realizações.
Paredes e o lifting facial, como se de máscaras se pudesse construir o futuro.
Paredes e a silicónica tentativa de esconder as rugas, as estrias, a flacidez, a celulite.
Paredes e a incapacidade de se limpar, se assoar, se assumir como verdadeiramente renovada.
O discurso e a imagem real.
Hub...seja lá o que isto seja.
Cristiano Ribeiro
Será que alguém sabe o que é uma Incubadora para o Design de Mobiliário e Artes Decorativas e Oficinas Criativas, com outras funções de carácter criativo e multidisciplinar? Sim, todos sabemos.
Será que alguém sabe o que é uma nova centralidade na Região Norte, com um polo urbano criativo, focado no design de mobiliário e artes decorativas? Sim, todos sabemos.
Será que alguém sabe o que é um Circuito Aberto de Arte Pública e Regeneração Urbana do Centro da Cidade de Paredes? Sim, todos sabemos.
Já nos explicaram tudo. É assim como uma mulher de meia idade, disposta a mudar de visual parta renovar a imagem e conservar-se jovem. Com o chamado “lifting facial”.
Imaginem a Lili Caneças. A seu modo, vai ser Paredes no futuro. Intervenções mais ou menos cirúrgicas no tecido urbano. Concursos públicos, projectos, prémios, muita reflexão e análise.
Um discurso qualificado a prometer um criativo vazio de realizações.
Paredes e o lifting facial, como se de máscaras se pudesse construir o futuro.
Paredes e a silicónica tentativa de esconder as rugas, as estrias, a flacidez, a celulite.
Paredes e a incapacidade de se limpar, se assoar, se assumir como verdadeiramente renovada.
O discurso e a imagem real.
Hub...seja lá o que isto seja.
Cristiano Ribeiro
DESPESAS “TEOLÓGICAS”
Um eleito do PS na Assembleia de Freguesia de Castelões de Cepeda, freguesia de Paredes, surpreendeu a Sessão Ordinária da respectiva Assembleia de Freguesia com uma proposta: atribuir uma prenda comemorativa dos 25 anos do exercício de sacerdócio ao Sr. Padre Vitorino, responsável pela paróquia. E com a proposta para votação, trazia já um recibo da compra de uma salva de prata, no valor de 156 Euros.
Os eleitos votaram por unanimidade a pré-anunciada prenda. E o Presidente da Junta explicitou ser essa a prenda da Assembleia de Freguesia, a que se seguiria uma prenda da própria Junta de Freguesia.
Estamos perante uma inovadora interpretação da utilização dos bens e recursos públicos. Os orgãos autárquicos são utilizados para o exercício de louvaminhas, prebendas e estatuto especial, a que alguns se acham autorizados, independentemente do hipotético mérito de um julgamento particular de apreço.
Nunca deverá ter passado pelo discernimento do jovem eleito do PS a simples ideia de que se quereria homenagear alguém o deveria fazer a título individual ou mobilizando a comunidade local que lhe é afecta ou fazendo participar os eleitos da Assembleia de Freguesia a título individual na despesa, o que daria 12 Euros a cada. O mandato popular destina-se a servir os interesses da população, nos estritos conteúdos da lei.
Mas para alguns isto é muito profundo, não é?
Cristiano Ribeiro
AOS TRABALHADORES DA Z.S. Mobiliário (Rebordosa)
Os 12 trabalhadores da Z.S. Mobiliário, foram surpreendidos no dia 26 de Junho, pelo patrão desta empresa a tentar retirar as maquinas da fabrica, os trabalhadores por terem dois meses de salário em atraso, estão de vigília junto à empresa, com coragem enfrentaram o patrão e impediram-no de levar por diante os seus intentos.
Parece-nos que a conduta da gerência desta empresa, evidencia uma clara atitude de má-fé para com as trabalhadoras e a tentativa de fugir às suas responsabilidades legais, nomeadamente ao pagamento dos salários que estão em falta.
A Comissão Concelhia de paredes do Partido Comunista Português manifesta a sua solidariedade com os trabalhadores e suas famílias e disponibilidade para intervir na defesa dos seus interesses.
Neste sentido o PCP irá solicitar ás autoridades competentes, uma intervenção urgente, no sentido de repor a legalidade e de minorar o impacto das consequências desta criminosa e desumana atitude. Para além disso o Grupo Parlamentar do PCP vai apresentar na Assembleia da República um requerimento que visa salvaguardar os direitos dos trabalhadores.
Consideramos que os trabalhadores devem manter-se unidos, exigindo da empresa soluções para a resolução dos problemas existentes.
Este processo foi conduzido pela empresa de uma maneira vergonhosa, sem qualquer respeito pelos trabalhadores! Este tipo de atitude dos empresários não pode ficar impune.
O PCP alerta que um dos principais responsáveis por esta situação, é o ataque aos direitos dos trabalhadores e à produção nacional, que durante anos as políticas de direita dos sucessivos governos PS e PSD, têm levado a cabo e se tem vindo a agravar com o actual Governo PS/Sócrates.
O resultado está à vista: Em Paredes, no passado mês de Maio, o número de desempregados era de 5,617, inscritos no Centro de Emprego.
A Comissão Concelhia do PCP, apela à solidariedade da população de Rebordosa para com estes trabalhadores.
BASTA FAZER AS CONTAS
No ano de 2008, havia em Portugal 10 400 milionários (indivíduos com fortunas superiores a um milhão de dólares).
No ano de 2009, esse número subiu para 11 000 - mais 600, portanto, o que corresponde a um aumento de 5,5%.
Assim sendo, também o número de pobres vai aumentando: segundo a Eurostat, existem em Portugal cerca de 2,5 milhões de pobres, dos quais mais de 200 mil em situação de miséria extrema.
Posto isto, basta fazer as contas e encontraremos a resposta à pergunta formulada há mais de um século por Almeida Garrett:
«E eu pergunto aos economistas, aos políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria (...) para produzir um rico?»
(em cravodeabril.blogspot.com)
No ano de 2009, esse número subiu para 11 000 - mais 600, portanto, o que corresponde a um aumento de 5,5%.
Assim sendo, também o número de pobres vai aumentando: segundo a Eurostat, existem em Portugal cerca de 2,5 milhões de pobres, dos quais mais de 200 mil em situação de miséria extrema.
Posto isto, basta fazer as contas e encontraremos a resposta à pergunta formulada há mais de um século por Almeida Garrett:
«E eu pergunto aos economistas, aos políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria (...) para produzir um rico?»
(em cravodeabril.blogspot.com)
Fala do Velho do Restelo ao Astronauta
Aqui, na Terra, a fome continua,
A miséria, o luto, e outra vez a fome.
Acendemos cigarros em fogos de napalme
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
E também da pobreza, e da fome outra vez.
E pusemos em ti sei lá bem que desejo
De mais alto que nós, e melhor e mais puro.
No jornal, de olhos tensos, soletramos
As vertigens do espaço e maravilhas:
Oceanos salgados que circundam
Ilhas mortas de sede, onde não chove.
Mas o mundo, astronauta, é boa mesa
Onde come, brincando, só a fome,
Só a fome, astronauta, só a fome,
E são brinquedos as bombas de napalme.
José Saramago
Subscrever:
Mensagens (Atom)