quarta-feira, 28 de julho de 2010

O CEMITÉRIO DE ALCOCHETE

O Instituto de Conservação da Natureza negou á Câmara Municipal de Alcochete a intenção de instalar um cemitério na zona da antiga fábrica de pneus de Firestone. O argumento era a “pressão humana” que tal equipamento iria gerar numa zona ambientalmente sensível.


Dois a três anos após, já não se “contrariava o espírito” da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, classificada de Reserva Ecológica Nacional, aprovando o mesmo ICN um complexo comercial de cerca de 75 mil m2 , e viabilizando a construção do Freeport, a cem metros da zona mais sensível da Zona de Protecção Especial, de lamas e sapais.

A aprovação pelo Governo Socialista ocorre a 3 dias das eleições legislativas que dariam a vitória ao PSD de Durão Barroso. O ministro do Ambiente era então José Sócrates.

Nas suspeitas de corrupção na viabilização do empreendimento, nas suspeitas de extorsão, nos milhões que os promotores do empreendimento pagaram e alguém recebeu, nas luvas para financiamento ilícito de partidos, sabemos agora que tudo se esfumou nos sapais e lamas de Alcochete.

E um cemitério apareceu aí onde jaz a verdade e a transparência.

Sócrates, inocente? Ainda bem! Inauguremos então o novo cemitério.

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