Será que alguém sabe o que é a Porta do Design Hub-Paredes, que tem por objectivo a territorialização, ao nível do contexto urbano, através da criação de um espaço iónico no centro da cidade, numa lógica de laboratório urbano vivo (“living lab”) onde o design impera? Sim, todos sabemos.
Será que alguém sabe o que é uma Incubadora para o Design de Mobiliário e Artes Decorativas e Oficinas Criativas, com outras funções de carácter criativo e multidisciplinar? Sim, todos sabemos.
Será que alguém sabe o que é uma nova centralidade na Região Norte, com um polo urbano criativo, focado no design de mobiliário e artes decorativas? Sim, todos sabemos.
Será que alguém sabe o que é um Circuito Aberto de Arte Pública e Regeneração Urbana do Centro da Cidade de Paredes? Sim, todos sabemos.
Já nos explicaram tudo. É assim como uma mulher de meia idade, disposta a mudar de visual parta renovar a imagem e conservar-se jovem. Com o chamado “lifting facial”.
Imaginem a Lili Caneças. A seu modo, vai ser Paredes no futuro. Intervenções mais ou menos cirúrgicas no tecido urbano. Concursos públicos, projectos, prémios, muita reflexão e análise.
Um discurso qualificado a prometer um criativo vazio de realizações.
Paredes e o lifting facial, como se de máscaras se pudesse construir o futuro.
Paredes e a silicónica tentativa de esconder as rugas, as estrias, a flacidez, a celulite.
Paredes e a incapacidade de se limpar, se assoar, se assumir como verdadeiramente renovada.
O discurso e a imagem real.
Hub...seja lá o que isto seja.
Cristiano Ribeiro
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