Exigir uma vida melhor
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Exigir uma vida melhor
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
ENTRE AS ÁGUAS PROFUNDAS E O ORÇAMENTO
Necessita por isso o País de defender o seu território e os seus recursos marinhos da cobiça alheia, através do patrulhamento aéreo e naval, que seja ostensivo para predadores que sonhassem porventura aproveitar a inoperacionalidade dos nossos navios da Marinha (as fragatas, sobretudo) e dos meios aéreos.
Dito isto, vejamos as opções das autoridades na resposta às necessidades operacionais da ZEE.
A ideia de comprar novos submarinos partiu de António Guterres, sendo seu Ministro da Defesa o democrata-cristão Rui Pena. Os U209 foram valorizados pelo seu papel dissuasor e belicista, aproveitando uma superior capacidade de imersão e raio de acção. O argumento de que a utilização dos submarinos corresponde a necessidades reais é muito discutível. Percebe-se sim que com a participação de Portugal na NATO e a crescente intervenção da aliança nos conflitos e na geoestratégia mundial (caso do Iraque, Afeganistão) tornam a compra dos submarinos justificável para os seus defensores.
Em 2004 Paulo Portas, o ministro da Defesa Nacional do governo de Durão Barroso, encomendou a um consórcio alemão 2 submarinos da classe 209 PN. Serão os maiores submarinos construídos até hoje na Alemanha. Aguardam a sua chegada a Portugal, após os testes e viagem de ensaio.
Mas aqui chegados, num processo complexo, que envolveu até protestos de um consórcio francês concorrente, e dúvidas fortes sobre a necessidade de um tal tipo de embarcação para um país como Portugal, acumulam-se suspeitas sobre o negócio. Os custos iniciais da construção envolvem, sem juros, mais de 800 milhões de euros, verba que é 0,5% do Produto Interno bruto (PIB) e o seu pagamento, por si só, onera o défice orçamental das contas públicas em 2010, duplicando-o (de 0,4% para 0,9%). Consta que outros países obtiveram submarinos em condições mais vantajosas. Em tempo de crise, os submarinos de Portas são uma dor de cabeça para Sócrates.
Mas acrescem outros factos ao negócio dos submarinos. Como por milagre terá desaparecido o contrato original que estabelecia as contrapartidas por parte do consórcio alemão. Como por milagre terá surgido um depósito de 1,1 milhões de euros nas contas do CDS de Portas antes do final de ano de 2004, a 2 meses de eleições legislativas. Investigam o Departamento Central de Investigação e Acção Penal, a Polícia Judiciária, o Tribunal de Contas, as autoridades alemãs.
Sócrates e Portas, reunidos, provavelmente estiveram a discutir o Orçamento de Estado. Ou terão estado a trocar papéis, ou a negociar silêncios?
Em águas turvas dos segredos oficiais e das conveniências nacionais, a verdade do negócio com o estaleiro de Kiel imerge e dificilmente flutua. O que não se espera dos submarinos.
domingo, 24 de janeiro de 2010
PCP lança campanha nacional
Razões para lutar
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Dia 30 Janeiro, sábado, 16h, na sede da Junta de Freguesia de Parada de Todeia
Ordem de trabalhos:
1 - Discussão do Ante-projecto do Relatório de Actividades e Resolução Política
2 - Eleição de delegados
Apelamos a tua participação.
Se desejares algum dos documentos em discussão, podes pedi-lo a um dos camaradas responsáveis pela tua organização ou descarregá-los em
www.porto.pcp.pt
A Comissão Concelhia de Paredes do PCP
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Divulgamos os requerimentos apresentados pelo deputado eleito pela CDU na Assembleia municipal de Paredes.
Assim que tivermos a devida resposta a mesma será divulgada para conhecimento geral.
Cristiano Manuel Soares Ribeiro, eleito pela CDU na Assembleia Municipal de Paredes, no âmbito do Artigo 60º do Regimento da Assembleia Municipal de Paredes e nomeadamente da sua alínea b), que define os direitos dos membros da Assembleia, requer através da Mesa desta Assembleia ao Executivo Camarário o esclarecimento seguinte:
1) É sabido que a região do Vale do Sousa não cumpre nenhum dos critérios definidos pelo anterior Governo em relação à isenção de portagens na A42, a saber
- Índice do PIB igual ou superior a 90% da média nacional (a média da região é de 60%);
- Índice de poder de compra igual ou superior a 75% da média nacional (o poder de compra regional é de 65%)
- Tempo de percurso das vias alternativas que não ultrapasse uma percentagem superior a 130% do tempo de percurso de cada SCUT. (o tempo gasto no percurso alternativo é de 300% em relação ao tempo gasto pelos troços da SCUT´s)
2) Os indicadores socioeconómicos actuais só atestam o agravamento profundo da crise económica e social vivida na região, sendo por isso inaceitável a introdução de mais um custo para os empresários e cidadãos.
3) Importa lembrar a luta da população da região que se traduziu, entre outros actos, na entrega ao Primeiro-ministro de um abaixo-assinado com mais de 63 mil assinaturas, de uma marcha automóvel com muitas centenas de viaturas e de um buzinão em muitos pontos do Distrito do Porto com enorme adesão, e também na região do Vale do Sousa, em que o concelho de Paredes se insere.
Assim solicito o seguinte ESCLARECIMENTO:
- Qual é a posição do Executivo da Câmara Municipal sobre esta questão, e
- Se é contra a introdução de portagens na A42 , que tipo de diligências fez ou pretende fazer ?
Paredes, 26 de Novembro de 2009
(Cristiano Ribeiro)
Divulgamos os requerimentos apresentados pelo deputado eleito pela CDU na Assembleia municipal de Paredes.
Assim que tivermos a devida resposta a mesma será divulgada para conhecimento geral.
Cristiano Manuel Soares Ribeiro, eleito pela CDU na Assembleia Municipal de Paredes, no âmbito do Artigo 60º do Regimento da Assembleia Municipal de Paredes e nomeadamente da sua alínea b), que define os direitos dos membros da Assembleia, requer através da Mesa desta Assembleia ao Executivo Camarário o esclarecimento seguinte:
Para quando a construção da Biblioteca Municipal de Paredes, equipamento indispensável à Cultura e Formação Educativa dos paredenses e cuja concretização se adia no tempo, colocando-nos em situação de inferioridade em relação a municípios vizinhos, como os de Valongo, Maia e Penafiel, igualmente liderados pela força política que governa a Câmara de Paredes?
Paredes, 27 de Novembro de 2009
(Cristiano Ribeiro)
Divulgamos os requerimentos apresentados pelo deputado eleito pela CDU na Assembleia municipal de Paredes.
Assim que tivermos a devida resposta a mesma será divulgada para conhecimento geral.
Cristiano Manuel Soares Ribeiro, eleito pela CDU na Assembleia Municipal de Paredes, no âmbito do Artigo 60º do Regimento da Assembleia Municipal de Paredes e nomeadamente da sua alínea b), que define os direitos dos membros da Assembleia, requer através da Mesa desta Assembleia ao Executivo Camarário a cedência de um espaço em instalações camarárias a definir de acordo mútuo, mesmo que em tempo parcial, com o objectivo de poder “acompanhar e fiscalizar a actividade da Câmara Municipal, dos serviços municipalizados, das fundações e das empresas municipais” (alínea c) do Artigo 2.º do Regimento da Assembleia Municipal de Paredes).
Pede deferimento
Paredes, 24 de Novembro de 2009
(Cristiano Ribeiro)
Requerimento à Assembleia Municipal de Paredes
Divulgamos os requerimentos apresentados pelo deputado eleito pela CDU na Assembleia municipal de Paredes.
Assim que tivermos a devida resposta a mesma será divulgada para conhecimento geral.
EXMO SR. PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PAREDES
Cristiano Manuel Soares Ribeiro, eleito pela CDU na Assembleia Municipal de Paredes, no âmbito do Artigo 60º do Regimento da Assembleia Municipal de Paredes e nomeadamente da sua alínea c), que define os direitos dos membros da Assembleia, solicita através da Mesa desta Assembleia ao Executivo Camarário esclarecimentos sobre o Regulamento em vigor na Casa de Cultura de Paredes, nomeadamente:
a) Âmbito das actividades autorizadas nas suas instalações
b) Entidades passíveis de solicitação da cedência das referidas instalações
Pede deferimento
Paredes, 24 de Novembro de 2009
(Cristiano Ribeiro)
domingo, 17 de janeiro de 2010
PV 1) Ser comunista, num concelho do Norte do País, com limitada influência e sensibilidade para as posições do PCP, é uma mera questão de consciência ou comporta também uma atitude activa de mudança?
CR - Sinto que não devo prescindir da possibilidade de intervir e mudar o que discordo ou considero errado. Ser coerente é um valor, mas também é um pressuposto dessa mesma mudança. Ser comunista é ter consciência de que se pode agir transformando o mundo.
PV 2) Eleger um vereador da CDU, com o perfil e o currículo de José Calçada, não seria comprovadamente uma mais-valia utópica?
CR - Não é, nunca foi e nunca será uma mera utopia. Poderia dizer que é um desperdício não eleger para a Câmara de Paredes gente da craveira intelectual e experiência política de José Calçada. Mas o mundo não é perfeito, não é?
PV 3) O futuro faz-se caminhando, como diz o poeta, ou torce-se à medida dos nossos desejos?
CR – Não acredito em destinos pré-definidos. Construímos o nosso destino de acordo com circunstâncias várias, entre as quais conta certamente a nossa vontade
PV 4) Como vês o conteúdo e a importância de um Boletim da CDU neste momento?
CR –O Boletim é uma oportunidade de podermos informar, formar e mobilizar mais pessoas para um projecto político importante e necessário para Paredes. É uma exigência e necessidade de todos os que olham para os activistas da CDU como gente credível e útil.
Foi-nos dado a conhecer que no dia 30 de Dezembro, o Movimento de Utentes do Centro de Saúde de Gandra enviou um pedido de reunião a Exma. Directora Executiva do Agrupamento de Centros de Saúde Tâmega II- Vale do Sousa Sul No seguimento de uma iniciativa de recolha de assinaturas junto da população de Gandra, que um grupo de cidadãos dinamizou um abaixo-assinado que pretende sensibilizar os responsáveis regionais da Saúde para o necessário prolongamento de horário de funcionamento da sua Unidade de Saúde, até ás 20 horas. Consideram ser da maior justiça esta exigência, que sendo benéfica para a população, equipara Gandra à situação já existente em outras localidades do concelho de Paredes (Paredes-Cidade, Baltar, Sobreira e Rebordosa).Solicita o grupo promotor da iniciativa uma reunião com a Direcção Executiva do ACES Tâmega II- Vale do Sousa Sul para entrega do referido Baixo- Assinado e informação de esclarecimento.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Quando da tomada de posse da nova Assembleia de Freguesia e do Executivo da Junta de Freguesia de Lordelo, ocorrida no dia 30 de Outubro, Celso Ferreira, o Presidente da Câmara Municipal de Paredes, disse trazer uma surpresa para os Lordelenses. E referiu então a implantação em Lordelo de um mastro de 100 metros onde hastearia uma gigantesca bandeira nacional, o que deixaria orgulhosa a respectiva população.
Na discussão dos Documentos Previsionais da Câmara consta no respectivo Orçamento uma verba de 1 milhão de euros para a colocação do referido mastro.
Parece ser algo surpreendente que o Sr. Presidente da Câmara titubeie sobre a localização do referido mastro, ou sobre os custos programados. Tal assim aconteceu na Assembleia Municipal de Paredes e em declarações a Órgãos de Comunicação Social, de dia 19 de Dezembro e seguintes.
Mas já em 26 de Dezembro, em Lordelo, reafirmou a iniciativa embora a relativize, enquadrando o seu custo numa requalificação de zona envolvente do Cruzeiro de Meda, em Lordelo. Estamos assim perante uma mais plausível utilização dos bens públicos, a crer nos argumentos do Presidente da Câmara.
Alguns falarão em fetiche presidencial com bandeiras de dimensão extraordinária, tal como já existe no Edifício da Câmara e no Parque da Cidade. Outros falarão de populismo fácil, de exibicionismo provinciano visível à distância de Aveiro e Braga. Outros rirão do autarca, não deixando de sublinhar a lógica da sua esmagadora representatividade eleitoral.
Eu direi. Deixem o mastro crescer, deixem a bandeira tremular, vejam o novo Cristo Rei de Paredes (em Lordelo) que tanto ufana Celso Ferreira e concluam. Grande, por vezes desmedida, é a ambição humana, pequena a sua lógica, racionalidade e humildade. Mais milhão, menos milhão, que interessa?
A metáfora. O líder lá em cima do mastro, e Paredes cá em baixo.
cristianoribeir@gmail.com
A notícia parecia bombástica. O Hospital Padre Américo poderia deixar de servir as populações dos concelhos de Paredes e Paços de Ferreira. Invocavam-se razões baseadas na incapacidade desse Hospital em responder ás necessidades de 12 concelhos da zona NUT III – TÂMEGA, tanto na assistência do Serviço de Urgência, como nos Internamentos. Apontava-se algo vagamente para uma solução assistencial no HSJ para a população de Paredes e H. Santo Tirso para Paços de Ferreira.
A fonte da referida notícia estaria em documentos de reflexão elaborados durante o ano de 2009, quer por Comissão de Reordenamento Hospitalar quer pelo IST.
Há necessidade de uma clarificação desta notícia. Quem a subscreve? Onde estaria a proposta séria, coerente, aceitável e as razões que a sustentavam?
Algumas ideias. Ninguém contesta a necessidade de reajustar, readequar serviços em relação à realidade, promover adaptações. O Hospital Padre Américo é um equipamento regional de prestação de serviços, que assume uma importância fundamental. Há uma realidade assistencial conhecida, com inúmeros êxitos, exemplos louváveis e alguns falhanços a justificar intervenção directa. Mas convém que não se desconheça acima de tudo os interesses da população que tradicionalmente o utiliza.
Falar em inquérito ou consulta públicas pode ser importante e sedutor. Mas não iliba responsabilidades de gestão. Se o hospital é insuficiente, carenciado ou deficitário em relação às necessidades, promova-se o seu alargamento, reforce-se a sua capacidade, estimule-se uma maior produtividade.
Afinal só há fumo ou também há fogo? A quem interessaria por exemplo que Paredes ficasse a uma distância de dezenas de quilómetros do seu Hospital Público de referência, da sua Urgência, de Cuidados Intensivos de manutenção de vida?
cristianoribeir@gmail.com
MANIFESTO PELO DESEMPREGADO
O desemprego aí está. São 700.000 portugueses desempregados, dos quais apenas metade aufere subsídio de desemprego. São inúmeros os portugueses vítimas de despedimentos, muitos deles abusivos, expostos a precariedades e ao trabalho sem direitos. São inúmeros os portugueses desempregados sem subsídio de desemprego, sem apoio ou protecção social.
Para todos eles há necessidades sociais impreteríveis. Justificam-se assim medidas diferenciadas, positivas, de salvaguarda. Aponto algumas:
1) Alteração dos critérios de atribuição de subsídio de desemprego.
2) Revogação das normas gravosas, como o dever de apresentação quinzenal que constitui uma medida de coacção contra os trabalhadores desempregados, imponde-lhes um verdadeiro “termo de identidade e residência”.
3) Aumento dos subsídios de desemprego e social de desemprego.
4) Atribuição de pensão de reforma, sem penalização, aos trabalhadores que atingiram 40 anos de contribuições.
5) Isenção total de propinas a todos os trabalhadores estudantes na situação de desempregado
6) Acesso ao passe social nos transportes públicos para os desempregados.
Atingiríamos assim um clima de atenção e solidariedade para com o desempregado, que tornasse provisória e suportável uma situação anómala e que se quer transitória.
Atingiríamos assim um padrão de co-responsabilidade social em que a discriminação pudesse ser mitigada e ultrapassada.
Atingiríamos assim um patamar de eficácia que aponta a solução da criação de empregos satisfatórios e estáveis.
Seria um “manifesto pelo desempregado”, carta de direitos e deveres, base para uma esperança num futuro melhor. Mas alguns não o vêem assim.
cristianoribeir@gmail.com
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
CDU Paredes, Inaugura a celebérrima Ciclovia de Paredes
A CDU/Paredes não atingiu o seu objectivo principal de aumentar a sua votação relativamente à alcançada em 2005. Este era um dos propósitos.
Não peço qualquer tipo de conforto nestes resultados, de qualquer modo, permite-me retirar daqui que talvez como efeito secundário da luta hercúlea PSD/PS, sim, foi nestes termos que ela se desenrolou apesar de no final o PSD ter granjeado um reforço da sua maioria, mas talvez perante essa luta PSD/PS, e com os meios que todos assistimos, o eleitorado se tenha visto na contingência de optar entre uns e outros, retirando espaço aos partidos que estiveram fora da contenda mais visível.
Paredes só tem a ganhar com o debate e troca de ideias, venham de qualquer quadrante. No entanto, e isto decorre muito também da convicção de parte do eleitorado de que apenas o lugar de presidente está em causa, não parecendo registar-se um voto de inclusão de oposição e de adição de outros e diferentes pontos de vista na gestão autárquica, quedando-se esta orientação de voto pela Assembleia Municipal e mesmo assim em fraca medida, mas, o voto recai muito sobre a análise entre os cabeças de lista, os seus nomes e perfis, e de estes para Presidente da Câmara ou da Junta de Freguesia. Daqui, (penso) resultam, por exemplo, a tendência para a bipolarização, a pouca atenção que se presta aos restantes elementos das equipas que acompanham os cabeças de lista bem como a não visualização, previsão ou projecção de desempenho de uns e de outros na oposição.
Apesar da noção que muito mais não poderíamos ter feito, até porque todos estávamos cientes da falta de meios, de tempo de preparação e, claro, das fragilidades daí decorrentes, pelo menos daí, acreditou-se ser importante e apresentar candidaturas às 24 freguesias. Isso foi feito. Com o decorrer da campanha percebeu-se que as dificuldades iriam ser maiores. A avassaladora diferença de meios tornou-se cada vez mais evidente. Não serve de desculpa para o resultado.
Eu particularmente, sinto que poderia e deveria ter feito mais. Mas a vantagem de perceber os erros é que percebo também a hipótese de melhorar.
Restará apenas saudar os vencedores e enviar-lhes um voto de confiança. Terão nas vossas mãos durante 4 anos os destinos de Paredes, a minha terra. Seria pouco sensato da minha parte não lhes desejar as melhores felicidades. Temos de facto pontos de vista diferentes. Mas quero acreditar também no juízo do povo e na democracia que o revelou.
Ouçam os paredenses, leiam e interpretem os estudos existentes, promovam o debate e o envolvimento de todos. Quero também pedir-lhes que aceitem o resultado alcançado e que dêem provas de saber democrático. É também uma responsabilidade de vencedores e vencidos.
Aos eleitores da CDU que confiaram seu voto. Tentaremos não desbaratar a confiança mantendo-nos activos e atentos. Mas peço-vos também apoio e participação.
Paredes, apesar da campanha eleitoral não o ter transmitido, mantém-se mais como potencial do que como realidade. O desemprego, deficiente apoio social, inexistência de infra-estruturas no saneamento, na rede viária, nos transportes, na saúde, com um urbanismo caótico, as promessas (anteriores) esquecidas, Pias 2000 (lembram-se?), o Parque de Campismo, os campos de golfe, a IKEA, o Parque de Exposições de Rebordosa, a pista de Fórmula 1, a Universidade, o pólo do MIT e, mais recentemente, a Cidade Inteligente, o Planit Valley (poderia enumerar muitos mais). Não foram cantados nem pelo Toy nem pelo Tony Carreira.
O atrofiar da pequena indústria, a dificuldade de escoamento e de criatividade da grande indústria também não foi resolvido com as inaugurações apressadas de pedaços de estrada, pedaços de passeios, pedaços de rotundas, pedaços de “modernidade”. Os problemas da nossa juventude também não foram resolvidos nem debatidos.
O apoio social activo e pró-activo tem que ser incrementado. A sensibilidade da escola próxima não pode também deixar de ser considerada como um elemento de peso na avaliação dos prós e contras de qualquer solução. Mas o desenraizamento, a desertificação, a necessidade de utilizarmos veículos para tudo, os custos acrescidos das deslocações, a necessidade de prendermos os nossos filhos 12 ou mais horas numa escola, a impossibilidade de entreajuda de vizinhos, da ajuda de avós e familiares, são claramente problemas pouco atendidos na Carta Educativa. Lutaremos por evidenciar as vantagens em melhorá-la. Lutaremos por isso e por tudo o que acreditarmos que servirá para construir um concelho melhor, forte e empreendedor, onde ninguém seja deixado para trás.
A CDU/Paredes tem como objectivo continuar a afirmar-se como força política no concelho. Para isso é necessário começar já hoje.
Paulo Ferreira