sexta-feira, 16 de abril de 2010

Jerónimo e Cavaco – Malha em cheio no fito


Os posicionamentos individuais perante a vida e os acontecimentos que a compõem, se não definem sempre a origem e consciência de classe dos indivíduos, pelo menos esclarecem-nos sobre os seus alinhamentos, simpatias e pensamento. É assim com quase todos os factos da nossa vida social e política... é assim com o PEC.
Este Programa de alegada Estabilidade e reiteradamente prometido Crescimento é um conjunto de medidas de tal maneira definidor de uma política, que quase todas os ataques, defesas, ou simples opiniões sobre ele, dizem-nos claramente ao que vem quem se pronuncia.
Assim chegamos a Jerónimo de Sousa, um político e um ser humano de quem gosto alguns dias ainda mais do que nos restantes. Perante a fúria privatizadora deste PEC, em que o governo PS tenta disfarçar a entrega de mão beijada aos privados de tudo o que dá lucro no sector público, de solução não só inevitável, como também um bom negócio para o Estado, Cavaco Silva rapou dos seus méritos contabilísticos e descobriu que isso (a juntar às restantes malfeitorias de que o PEC está cheio) é uma coisa muito boa para Portugal.
Ao lembrar que a nossa Constituição preconiza a existência de um forte Sector Empresarial do Estado, Jerónimo de Sousa afirma que esta posição de Cavaco é um mau trabalho. Mau trabalho como economista, mau trabalho como cidadão, péssimo trabalho como Presidente, que tem como obrigação maior defender a Constituição.
É uma afirmação contundente, esta de Jerónimo de Sousa. Bate aos pontos o meu já habitual “pano encharcado”...

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